O novo decreto da prefeitura de Goiânia deve proibir o funcionamento do comércio, bares, restaurantes e demais atividades consideradas não essenciais aos fins de semana. Publicado nesta terça-feira (13) os textos da Prefeitura e Estado estão em sinergia.
A expectativa com a exceção dos cultos religiosos, que poderiam ocorrer aos finais de semana com 30% da capacidade e intervalo de três horas entre eles acabou não se confirmando.
A proposta, apresentada a empresários na tarde desta terça-feira (13), terá validade de 14 dias.
O comércio em geral, deverá funcionar entre as 10h e as 16h, mas há exceções. Os shoppings center e galerias, por exemplo, deverão funcionar entre as 13h e 18h. Respeitando a delimitação de turnos por seis horas, os bares e restaurantes podem funcionar entre as 11h e às 22h, com lotação máxima de 50%. Salões de beleza e barbearias, entre as 12h e as 21h.
Academias, entre as 06h e as 22h com lotação máxima de 30% e com agendamento prévio. Entre as 6h e as 22h, distribuidoras de bebidas. Escolas privadas podem retomar as aulas presenciais limitado à capacidade que assegure distância de 1,5m (um vírgula cinco metros) entre os alunos, professores e demais funcionários nas atividades educacionais. Os alunos deverão ter 2,25m² de distanciamento durante as aulas. Nas práticas esportivas, devem limitar a participação de quatro alunos.
As indústrias poderão abrir por turnos de oito horas, mas devem cuidar da logística de transporte dos colaboradores, mesmo critério imposto para as empresas de construção,que deverão gerenciar o translado dos trabalhadores e evitar que haja aglomeração no transporte coletivo.
Nos supermercados, nas feiras livres, nas lojas de conveniência e congêneres fica vedado o consumo de gêneros alimentícios e bebidas no local, bem como o acesso simultâneo de mais de uma pessoa da mesma família, exceto em casos que seja necessário. Os supermercados também deverão comercializar apenas bens essenciais, “assim considerados os relacionados a alimentação e bebidas, saúde, limpeza e higiene da população”. Os produtos não-essenciais sequer poderão ser expostos ou deve haver identificação de vedados à venda presencial.
As feiras livres deverão manter funcionamento máximo de 50% (cinquenta por cento) do total de bancas/barracas por dia de atividade, mediante sistema de revezamento semanal, sendo em uma semana a montagem e funcionamento de bancas/barracas de número ímpar e na outra semana de número par, a iniciar pelas de número ímpar, salvo se não for possível o sistema de revezamento pela numeração, quando será adotada a intercalação de modo que assegure o distanciamento obrigatório.
Empresários pedem ajustes
Os empresários pediram à prefeitura que fosse permitido o trabalho no sábado, trocando-o por um fechamento na segunda-feira. Segundo representantes de todos os segmentos, o sábado é um dos dias de maior movimentação da economia.
“Não ficará bom esse fechamento no sábado. Não podemos perder o sábado. É um dos dias mais importantes para a venda do comércio”, disse o presidente do Sindilojas, Eduardo Gomes. Se o pleito for atendido, ele acredita que será também uma possibilidade de reduzir aglomerações. “Se não abrir no sábado, na sexta-feira haverá uma aglomeração muito grande. Quem faz compra no sábado, fará na sexta-feira”, alerta.
Segundo o presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, pela proposta dos empresários, o comércio, bares e restaurantes poderiam abrir no sábado e fechariam no domingo e na segunda-feira. Ele
Ele destacou ainda que, apesar das restrições, o importante é manter a economia girando. “Não podemos exigir além por conta do momento que estamos vivendo dentro da pandemia”, reforçou.
O presidente do Sindibares, Newton Pereira, também comemorou a manutenção da flexibilização. “Amanhã começaria um período restritivo. A prefeitura teve a sensibilidade de manter o comércio aberto com algumas restrições”, destacou.
O setor também solicitou à prefeitura que o horário de funcionamento seja estendido até 23h. A proposta de manter a música ao vivo foi, de pronto, negada. “É uma situação que gera aglomeração e vem gerando casos desconfortáveis”, relatou.
O vice-presidente da Fieg, André Rocha, também participou da reunião com o prefeito de Goiânia, para discutir a implantação do novo decreto, e ressaltou a importância do funcionamento com segurança dos diversos tipos negócios na capital.
“Precisamos entender que são diversas famílias em situação de vulnerabilidade social por falta de emprego e muitas delas enfrentam o coronavírus frente a frente, por temerem a fome. O trabalho dignifica o homem e leva sustento à sua família. O certo é pensar em todas as famílias goianienses, inclusive nas que mais são prejudicadas pelo decreto”, destacou.
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