Esta sexta-feira (10) marca o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Devido a isso, o mês de novembro é dedicado a causa por meio da campanha ‘Novembro Laranja’. No geral, a iniciativa alerta para importância dos cuidados com a saúde auditiva, destacando as formas de prevenção e tratamento.
O grande intuito da mobilização é discutir sobre o zumbido, sintoma mais comum entre as pessoas, afeta cerca de 20% da população mundial, conforme os dados da OMS. Estima-se que cerca de 15% dos adultos tenham zumbido, sendo ainda mais comum em pessoas acima dos 60 anos.
A otorrinolaringologista Juliane Tuma conta que vários fatores levam as pessoas a adquirirem problemas auditivos. “Exposição por períodos prolongados a ruídos intensos, uso indiscriminado de fones intra auriculares com volume muito alto e trauma acústico, como rojões, sons intensos em aparelhos de alto-falante, trios elétricos, carros de som, etc”.
A especialista destaca alguns cuidados para a prevenção da surdez. “Evitar uso de hastes flexíveis (tipo cotonetes) que podem, além de lacerar o conduto auditivo externo, perfurar a membrana timpânica; evitar exposição a altos ruídos, principalmente por longos períodos e evitar o uso de medicações ototóxicas, ou seja, que podem prejudicar o sistema auditivo. Além disso, levar um estilo de vida saudável, com boa alimentação e exercícios físicos sempre ajuda”, afirma Tuma.
“Nos adultos eles conseguem perceber quando há uma diminuição na acuidade auditiva. Além disso, muitas vezes as pessoas escutam, mas não entendem, ou seja, não compreendem o que está sendo dito. Nas crianças em idade escolar deve-se observar o desempenho e se há alguma dificuldade no aprendizado. Em bebês existe o ‘teste da orelhinha’, que é um exame de triagem feito nos primeiros meses de vida”, explica Juliane.
A otorrinolaringologista Juliana Caixeta ressalta que é muito comum que as pessoas com zumbido ouçam que “não há tratamento”, o que não é verdade. A médica alerta que existem muitos equívocos e que o cuidado com a audição deve ser realizado com acompanhamento profissional.
“É possível melhorar os sintomas e a qualidade de vida com diversas modalidades terapêuticas. O cuidado com a audição deve ser realizado procurando um profissional capacitado para prevenir, diagnosticar e tratar os diferentes tipos e graus de perda auditiva, bem como aspectos relacionados a dificuldades de fala e linguagem”, pontua.
explica que é possível tratar destes e outros problemas auditivos, mas que para isso é fundamental a orientação profissional. “Entendemos que a informação é fundamental para que os pacientes procurem ajuda e possam viver com mais qualidade de vida”, ressalta Juliana.