A rotina domingo (28) será diferente para os eleitores da pequena Monte Azul Paulista (a 400 km de São Paulo).
Os seus 13.372 eleitores aptos a votar escolherão o sucessor de Michel Temer (MDB) na Presidência da República, o futuro governador paulista e, também, o próximo prefeito. Mas, neste caso, não terão opção, já que o empresário Marcelo Otaviano (PHS), 45, é candidato único na disputa.
Como em Monte Azul, em 19 cidades de nove estados do país os eleitores votarão também para eleger os governantes dos municípios em mandatos tampões até 2020.
Nesses municípios, as chamadas eleições suplementares serão realizadas porque os eleitos em 2016 cometeram irregularidades durante o processo eleitoral ou, no caso dos que já ocupavam o cargo, tiveram os mandatos cassados -por rejeição de contas, por exemplo.
O estado com mais municípios com eleição para prefeitos, segundo os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), é Goiás (5), seguido de São Paulo (4), Rio de Janeiro (3), Amazonas (2) e Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão, Ceará e Mato Grosso (1 cada).
Com candidatura única, Otaviano abriu mão até mesmo do horário eleitoral gratuito no rádio, mas disse não ter deixado de fazer campanha.
“Abrimos mão [de rádio], só fizemos campanha boca a boca e em redes sociais. Embora seja uma formalidade, pois com um voto estarei eleito, é preciso fazer campanha porque a oposição tende a pedir para que o eleitor vote em branco ou anule”, afirmou Otaviano.
Em 2016, ele perdeu a eleição por 46 votos e disse acreditar que a diferença apertada para Paulo David (PSDB), que foi cassado por abuso de poder econômico, repeliu outras candidaturas agora.
“Creio que me consideraram como um forte candidato e também [tem] o fato de ter sido o único com coragem de assumir para um mandato de um ano e meio, pois nos últimos seis meses os prefeitos ficam engessados”, disse.
Em São Paulo, os eleitores de outras três cidades -Araras, Mongaguá e Rincão- irão às urnas escolher os futuros prefeitos.
Mas, diferentemente de Monte Azul, nas outras três haverá disputa entre candidatos. Em Mongaguá, por exemplo, serão quatro: Fernando Felizi (PT), Corintiano (PROS), Renato Donato (PSB) e Rodrigo Casa Branca (PSDB).
Um deles assumirá a vaga que já foi de Arthur Prócida (PSDB), que foi cassado.
Em Rincão, também serão quatro concorrentes. Um deles herdará a vaga que já foi de Therezinha Servidoni (PSDB), cassada por ter as contas rejeitadas pela Câmara ainda no último ano do mandato anterior que exerceu (2012).
Já Araras, maior colégio entre as cidades com eleições suplementares -97.341 eleitores-, tem três concorrentes. Embora vencedor em 2016, o tucano Pedrinho Eliseu Filho foi barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Em Goiás, a eleição suplementar será realizada em Davinópolis, Divinópolis de Goiás, Planaltina, Serranópolis e Turvelândia.
Em Davinópolis, por exemplo, a chapa vencedora da eleição em 2016, com Robson Luiz Ferreira Gomes (PR), que disputava a eleição, foi cassada por abuso de poder político, o que fará com que seus 3.130 eleitores aptos a votar retornem às seções eleitorais para escolher o novo prefeito.
No Rio de Janeiro, Aperibé, Laje de Muriaé e Mangaratiba escolherão novos prefeitos.
No Amazonas, Anamã e Novo Airão elegerão seus governantes, assim como Croatá (CE), Bacabal (MA), Planalto da Serra (MT), Alpestre (RS) e Vidal Ramos (SC).
Além das eleições deste domingo, neste ano já ocorreram outras para 33 prefeituras no país e há uma marcada para novembro, em Caarapó (MS). (Folhapress)
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