13 de agosto de 2024
Empresas e Negócios

Nova vacina previne perdas “invisíveis” no confinamento

O Brasil confina 4 milhões de cabeças bovinas por ano e segundo dados da Associação Nacional dos Confinadores a tendência é aumentar. Neste sistema de produção pecuário é comum os animais viverem agrupados e expostos à poeira por longo período de tempo. Os dois fatores juntos tornam a categoria suscetível a uma ameaça real vista em todo mundo: a Síndrome Respiratória Bovina (SRB).

Cabeça baixa, respiração acelerada, conjuntivite, febre acima de 40ºC e secreção nasal podem indicar um quadro avançado da doença. “E essa é só a parte que conseguimos enxergar. Enquanto alguns indivíduos apresentam sintomas, centenas ou até milhares de outros sofrem da forma subclínica da doença, invisível aos olhos do tratador, explica a médica-veterinária Bibiana Carneiro, Country Manager da Tecnovax do Brasil.

A empresa é líder do mercado de biológicos para ruminantes na Argentina e trouxe para o Brasil a vacina Providean® Respiratória, que como o próprio nome sugere previne doenças da síndrome respiratória. Bovinos acometidos chegam a perder entre 50 e 200 gramas de peso por dia. Parece pouco, mas para um confinamento de 500 a 100 mil cabeças por ano é muito.

Bibiana explica que se consideramos apenas a prática do confinamento estratégico, realizado por 90 dias, 1.000 animais doentes apresentariam uma perda de peso entre 4.500 e 18.000 kg. Com a arroba do boi gordo a R$ 125,00, registrada em São Paulo, no momento da matéria, o prejuízo financeiro no exemplo, em três meses, seria de R$ 18.750,00 a R$ 75.000,00.

O problema é visto em todo o mundo. Nos Estados Unidos, que confinam mais de 10 milhões de cabeças/ano, um estudo da Universidade de Iowa comprovou que 60% dos animais abatidos em um ano apresentaram lesões respiratórias causadas por SRB ao abate. “Por isso é importante vacinar todos os animais na entrada do confinamento”, adverte a médica-veterinária.

A nova vacina Providean® Respiratória possui seis antígenos contra Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) tipo 1 e 5, Diarreia Viral Bovina (BVD), Vírus Parainfluenza Bovina tipo 3, Mannheimia haemolytica, Pasteurella multocida (Pasteurella haemolytica) e Histophilus somni (Haemophilus somnus).


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