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“Nosso plano é de revisar todos os IPTUs”, afirma Vanderlan Cardoso em sabatina do Diário de Goiás e Rádio Bandeirantes

Por 2 horas atrás

Durante sabatina realizada pela Rádio Bandeirantes em parceria com o Diário de Goiás na manhã desta sexta-feira (13), o candidato a prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD), afirmou que “O nosso plano é de revisar todos os IPTUs, principalmente aqueles que tiveram aumentos abusivos, e cobrar o preço justo. Esse é o nosso plano de governo, é o que a gente está falando. Então, é fazer uma revisão”, disse.

O entrevistado também falou que também acusou a atual gestão de ter feito reajuste abusivo no IPTU. E afirmou ter provas sobre o apontamento. “É só ver os IPTUs, as pessoas trazem, a reclamação é geral. E quantos desses IPTUs abusivos foram parar na Justiça? Ou seja, acaba judicializando, a Prefeitura não recebe, certo? E fica esse imbróglio aí, muitas das vezes, indo para a Serasa, comprometendo até a saúde financeira das pessoas. Então, isso tem que ser pelo preço justo”, disse.

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Outros assuntos também nortearam a conversa, como saúde, mobilidade e infraestrutura. Além disso, Vanderlan confirmou em primeira mão Sucena Hummel, como candidata a vice-prefeita na chapa. Confira a entrevista na íntegra:

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Altair Tavares: Vanderlan, essa era a primeira questão, né? O problema dessa semana, a questão política, com essa nomeação, se resolve de uma vez, e como fica esse prejuízo de não ter a propaganda e, ao mesmo tempo, não ter aliados diretamente, o PP, na sua campanha?

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Vanderlan: Bom, nós decidimos, nós vamos recorrer, né, porque não foi feito nada sem autorização da estadual e nem da municipal. E o Paulo Daher fez tudo conforme a lei, tanto é que nós ganhamos praticamente, aliás, com relação, só teve essa última decisão aí do TRE, que não deixou com nenhum, nem com o candidato da União Brasil e nem conosco, mas todos têm direito a recorrer e é o que nós vamos fazer, nós vamos recorrer para manter essa coligação. Todos os candidatos, praticamente, a maioria está conosco, já está trabalhando, já está distribuindo material, então o TSE vai decidir.

Altair Tavares: O que é o prejuízo? E o prejuízo político disso tudo?

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Vanderlan: Não, não muda nada, não. Não tem prejuízo político, né? Continua do mesmo jeito, o Paulo Daher está aqui, animado mais do que nunca, ele não veio com essa condição de ser só vice, fosse o vice-prefeito, eu convidei, ele aceitou, é o vice-prefeito, era o vice-prefeito, houve essa questão, decisão judicial, a gente não fica questionando muito, né? A gente cumpre e se achar que tem que recorrer, recorre. Então, prejuízo político. Hoje nós temos aqui a Sucena Hummel, que é presidenta do CRC, é uma categoria muito grande no nosso município e é coordenadora, uma das coordenadoras do nosso plano de governo, está bem entendido em todos os programas, tudo que a gente tem apresentado, o que a gente tem ouvido da população nessas caminhadas, ela está coordenando tudo isso, então está bem à par.

Altair Tavares: E tem uma certa identidade, como empresário e também, como contabilista, vive no mundo empresarial.

Vanderlan: Vive no mundo empresarial. A Sucena, aliás, ela é muito respeitada no meio dos contabilistas, que ela, depois que assumiu, deu uma nova cara para o CRC. Então, o CRC hoje é muito respeitado em todo o estado de Goiás, que ela é presidente estadual, não é municipal, é presidente estadual.

Altair Tavares: Agora fechando essa questão do acordo, dentro dessa movimentação. Se ela sair da candidatura a vereadora, tem que ter algum ajuste na bancada de candidatos?

Vanderlan: Não, ela não era candidata vereadora. Ela estava ajudando no projeto, licenciou por acreditar no projeto. A Sucena, eu não conheci ela há muitos anos, mas pelo pouco que eu conheço dela, todos falam, e aqueles que eu converso, que ela é muito dedicada em tudo o que ela faz. E não foi diferente. Na nossa campanha, não foi diferente. Então, se ela fosse fazer mais ou menos, ela não tinha licenciado, não precisava licenciar. Ela licenciou para se dedicar.

Altair Tavares: Foi muito contundente o ataque que o pastor Silas Malafaia fez ao senhor, no sentido de questionar a questão da agenda da Comissão de Assuntos Econômicos. Foi contundente e, ao mesmo tempo, qual foi a situação que o senhor teve do ponto de vista de repetição desse fato e ele pedindo aos evangelhos para que não votassem no senhor?

Vanderlan: Bom, ele se tornou um militante político. O povo de Goiás, a população, não entende isso, que ele manda aqui em Goiás, que ele vai decidir. Tentou passar a desinformação com relação à comissão, que pautou uma votação. Nós estamos na discussão desse projeto, que é um projeto polêmico, polêmico, já há quase seis meses. Então, estava pautada a discussão, voltada a discussão. Quem decidiu isso? Não é o presidente da comissão. Há acordo entre autor, o relator e também a oposição ao projeto. E assim foi decidido. Eu conduzo os projetos, eu conduzo os trabalhos da comissão, mas eu não decido tudo sozinho. E, por decisão do presidente Pacheco, os projetos polêmicos, não só esse, mas todos os projetos polêmicos, inclusive um que eu sou autor, que é o da autonomia orçamentária e financeira do Banco Central, durante o período eleitoral, todos, nenhuma comissão, isso foi pedido para nós, não pautar mais nenhum projeto polêmico até passadas as eleições.

Larissa Dourado: Senador, a gente tem a participação dos nossos ouvintes, a respeito do senhor está aqui na nossa sabatina, da Rádio Bandeirantes, com o Diário de Goiás, e já chegaram alguns áudios. Vou começar, primeiro, pela pergunta de texto do Wanderson. Ele pergunta o candidato fará a revisão do valor do IPTU?

Vanderlan: Wanderson, eu tenho dito, e não somente agora, desde 2016, quando me candidatei, que Goiás não tem projeto a médio e longo prazo. O único projeto que tem é a curto prazo, e é geralmente final de ano, quando se vê a despesa que tem para o ano seguinte. E aí vem os aumentos abusivos de IPTU. Então, o nosso plano é de revisar todos os IPTUs, principalmente aqueles que tiveram aumentos abusivos, e cobrar o preço justo. Esse é o nosso plano de governo, é o que a gente está falando. Então, é fazer uma revisão. E ter projeto. Projeto nosso tem a curto prazo, tem as creches mesmo, a vaga de creches nos nossos CMEs é a curtíssimo prazo. Não dá para esperar construir CMEs, não dá para esperar ter recurso federal. Tem que ser a curtíssimo prazo. Então, o IPTU, ele é a curtíssimo prazo, como vem sendo feito, porque tem que aumentar ele, às vezes abusivamente, para cobrir as despesas do próximo ano. Então, isso é a falta de planejamento, falta de gestão, é o que vem acontecendo nessas outras gestões.

Altair Tavares: O senhor está acusando a atual gestão de ter feito reajuste abusivo no IPTU?

Vanderlan: Sim!

Altair Tavares: O senhor tem provas dessa questão?

Vanderlan: Tenho. É só ver os IPTUs, as pessoas trazem, a reclamação é geral. E quantos desses IPTUs abusivos foram parar na Justiça? Ou seja, acaba judicializando, a Prefeitura não recebe, certo? E fica esse imbróglio aí, muitas das vezes, indo para a Serasa, comprometendo até a saúde financeira das pessoas. Então, isso tem que ser pelo preço justo. O que é um preço justo do IPTU? O preço justo do IPTU é quanto é o valor do imóvel, qual o setor, quantos metros quadrados, o que vem sendo esses aumentos ultimamente, porque tem aumento aí que chegou a ser mais de 100%. Se for pelo IPCA, ele tem dado em torno de 4%, 4,5%, 3 e pouco, entendeu? Essa correção é o quê? É baseada na Selic? Se for Selic, hoje ela é 10,5%, se eu não me engano. É baseada em quê esses aumentos? Então, está muito acima da inflação esses aumentos. Não tem nada que justifique um aumento de quase 100% de IPTU. Então, isso aí tem que ser revisto, Altair.

Altair Tavares: Na verdade, pouco se debateu entre os candidatos a Prefeitura, sobre essa revisão do IPTU feita no ano de 2022. Por quê? Aquela mudança foi importante porque tirou a cobrança por zona para cobrança pelo valor venal. Isso criou uma justiça, penso eu, bastante coerente com a situação hoje da cidade. O centro pagar um imposto maior do que áreas muito valorizadas. Não tinha muito sentido isso. Foi uma mudança muito bem feita. No entanto, naquela mudança, estão acontecendo realmente esses reajustes que o senhor cita. A Prefeitura criou um gatilho ali de 45%. E, na prática, a gestão da área imobiliária de Goiânia, isso vai ter a sucena se foi eleito para ajudar, é uma tragédia. Como é que a Prefeitura não sabe o valor real dos imóveis e cobra o IPTU, na verdade, irreal?

Vanderlan: Altair, olha… Eu já fui prefeito, Altair. A gente não está aqui fazendo teste, não. Não estamos reinventando a roda. Vou só citar o exemplo quando eu assumi Senador Canedo. Praticamente lá não tinha valor parâmetro para a cobrança de IPTU. Então foi também pelo valor venal. Só que um lote que às vezes estava ali pagando sobre 5 mil reais, ele já valia 20. Então se nós fôssemos cobrar o IPTU diretamente de 5 para 20, as pessoas não iam pagar. Então foi feito ano a ano até se ajustar ao valor venal, certo? Então aqui o que acontece é que fez-se de uma vez e aí o aumento foi abusivo. Porque fez de uma vez, não foi escalonado por um erro que foi de quem? Da própria Prefeitura. Porque se você vem fazendo, tem a valorização, ok, tem a valorização, mas isso vem sendo feito ano a ano, organizado. Então quando se pega de uma vez, aí pegou todo mundo desprevenido com esses aumentos que vieram nos últimos anos aí. Se você for pegar o aumento que vem ano a ano, ele está muito acima de qualquer índice.

Larissa Dourado: Estamos aqui com o candidato à prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso, e eu quero chamar também a participação dos nossos ouvintes que enviaram seus áudios. Bom dia. Bom dia, Larissa. Eu sou Jota Mendes do residencial Monte Carlo. Pergunta para o Vanderlan aí sobre rede de esgoto. Moro no Residencial Monte Carlo há 30 anos, aqui acima do Rio Formoso, não tem aonde mais fazer posse. Procure ele aí, que ele vai fazer reunião com o governador para fazer a rede de esgoto desses setores.

Vanderlan: Jota, o esgoto em Goiânia está com seção aí para Saneago. Eu sempre questionei, Jota, por que Goiânia não tem participação efetiva, cadeira mesmo na Saneago para tomar as decisões onde fazer os investimentos. E grande parte dos recursos, do faturamento da Saneago, vem de Goiânia, tanto água como esgoto. Eu sendo eleito, Jota, eu quero ter essa participação, quero sentar para discutir com o governador, com o diretor, o presidente da Saneago, ouvindo a comunidade e decidindo as prioridades, de preferência o investimento que tem que ser feito. Por exemplo, se Goiânia arrecada 10 reais por mês, e a Saneago arrecada 20 do total, então Goiânia representa 50% da arrecadação. Então, 50% da arrecadação da Saneago tem que ser investido em Goiânia. Isso não está acontecendo. Goiânia está pagando para ter esgoto e água em outros municípios, que são deficitários. Mas Goiânia não tem nada a ver com isso. Então nós vamos pedir com diálogo, certo? Porque a concessão está com a Saneago, mas quem detém mesmo o direito é Goiânia. Foi renovada ainda há pouco tempo. E outra coisa, Jota. Goiânia não está recebendo contrapartida dos recursos arrecadados. Eu quero conversar isso sendo eleito. Como assim não está recebendo? Não está recebendo. Não tem contrapartida da arrecadação. Não, não está. Não, foi revogado. Isso foi um acerto que o Iris fez. O atual prefeito, a informação que eu tenho, é que foi revogado, tirou-se. Inclusive eu acho, Jota, que nem é 5%. A renovação foi feita no governo do Iris Rezende. Foi com essa cláusula. E foi retirado do atual governo. A informação que eu tenho, Jota, é essa. Que não está sendo passado para Goiânia, o que é direito de Goiânia. Que os 5% já é muito pouco. Nós temos casos aí de municípios que abriu a concessão. O único sentido para essa retirada é que o dinheiro seja investido na cidade. Que seja investido na cidade. Sendo prefeito de Goiânia, eu vou defender a Goiânia. Certo? Então quanto que a Saniago arrecada? X. Então quanto que representa a Goiânia nessa arrecadação? Y. Então nós temos que investir em Goiânia. A Saniago tem que investir em Goiânia. Esse montante que é a participação de Goiânia na arrecadação. Ok? Essa vai ser nossa defesa. E eu tenho certeza que o governador vai entender. Certo? Isso nós vamos fazer com diálogo. Não queremos atropelar ninguém.

Altair Tavares: Mas agora você faz uma questão importante. Você da Saneago. Quanto por cento da arrecadação da Saneago é investido na cidade hoje?

Vanderlan: Altair, porque a Goiânia hoje, com certeza, se tivesse sendo investido o que arrecada em Goiânia, em Goiânia, esse percentual, você pode ter certeza que o Jota, que passou a mensagem aí, ele não estaria reclamando. Por quê? Ia estar 100% de esgoto. Porque já tem uma grande, grande parte de Goiânia já tem esgoto. Está arrecadando. Goiânia já tem água. Está arrecadando. Então tem que ser investido aonde? Em Goiânia.

Altair Tavares: Agora, candidato, da sequência de entrevistas até agora, o que temos conversado muito com os candidatos é sobre saúde. Esse assunto também está permeando os debates, está muito presente em todos os debates. Também está presente nos planos de governo. A saúde em Goiânia tem uma situação crítica em vários pontos, pode ter evoluído em outros, mas contratos com médicos, com dúvidas. Contratos com fornecedores, com dúvidas. Agora, ambulância, até que enfim foi autorizado a compra de ambulâncias, aliás, aluguel. Relatos de funcionários do Hospital da Mulher de que eles fizeram vaquinha para comprar alimentação para criança. A Fundahc não está recebendo os valores segundo o relatório. O Hospital do Câncer reclamando dos valores. O senhor fala de gestão em todos os seus planos de governo, Então, o que é que precisa ser aplicado de gestão para que uma crise como essa não aconteça na saúde?

Vanderlan: Primeiro, Altair, fazer o dever de casa. Porque muitos falam assim, olha, eu não roubo. Mas tem muita gente que até não rouba mesmo. Mas deixa roubar. Então, não roubar, não roubar e não deixar roubar. E ter realmente uma gestão com planejamento. Veja bem, Goiânia tem perdido em torno de 30% das emendas, dos recursos que são colocados para a Goiânia e as entidades filantrópicas. Por falta de execução. Eu coloquei um recurso para uma UBS pedido pela dona Maria lá no Jardim Curitiba 2. Na época, ela era presidenta da associação. Hoje, ela é conselheira tutelar. Nós colocamos em uma UBS, que é um sonho antigo, é uma área maravilhosa, de 5 mil metros quadrados. Nós colocamos o recurso, o dinheiro saiu em 2020. Nós conseguimos renovar para não perder o recurso duas vezes e cobrando da prefeitura. Pelo amor de Deus, vai perder o dinheiro. Porque já não é muito.

Altair Tavares: O senador Cajuru reclama também que colocou recurso e não foi aplicado. Adriana Accorsi também disse que colocou recurso.

Vanderlan: É a bancada, por isso que eu estou dizendo 30%.Ou talvez mais, né? Se for pegar o Araújo Jorge, que aí é serviços que ele prestou e tem parte da bancada também. Mas o serviço que ele presta do SUS, do atendimento que ele faz, que já é uma merreca o que pagam pelo SUS, entendeu? É via prefeitura. O dinheiro vem do Ministério para a Prefeitura e a Prefeitura retém esse recurso e não repassa. Aí fica lá salários atrasados, recebendo multa, não tem condições de comprar medicamentos, de dar assistência e o hospital superlotado. As maternidades, as três maternidades, Dona Iris, Célia Câmara e Nascer Cidadão. Só está atendendo urgência e emergência. O prefeito, no debate, falou, prefeito, essa cidade aí é outra que o senhor está falando. Eu tenho certeza que o senhor nunca foi aqui na maternidade Dona Iris e entrou na UTI Neonatal, que está lá, estão os equipamentos dando pau e aquelas crianças ali, aqueles aparelhos ali naquela UTI, naquelas incubadoras, que já deu a vida útil desses equipamentos, o senhor nunca foi lá ver. O senhor já entrou dentro. O senhor não foi. Certo? Então é gestão com sensibilidade. Não adianta dizer, olha, tenho recurso aqui, mas às vezes o recurso chega, ele é tão mal aplicado, que não chega onde precisa. Não chega onde precisa. Nós temos 59% de cobertura do Programa Saúde da Família, mas você vai olhar aquelas UBS que tem duas equipes, três equipes, certo? Você chega lá, não tem médico, não tem dentista, não tem enfermeira, só está no papel. Não tem medicamento, abre o armário da farmácia, está totalmente vazio. Agora, essa crise da saúde a gente está vivenciando em sucessivas administrações.

Altair Tavares: Paulo Garcia teve dificuldade nessa gestão, o Iris Rezende passou anos com a secretária Fátima apanhando bastante na Câmara por causa do problema, nós temos tido aí uma associação de muita dificuldade. Uma cidade carregada quase R$ 9 bilhões, como é que tem esse tipo de problema?

Vanderlan: Altair, é porque eu não estou aqui criticando nenhum gestor, não, tá? Longe de mim, está aqui falando gestor. Eu estou falando da administração, não estou criticando a pessoa, a pessoa mesmo, entendeu? Porque cada um tem uma maneira de administrar. Enquanto os gestores estiverem levando a saúde, conduzindo saúde como despesa, vai acontecer isso aí, essa tragédia. Agora, eu encarei, quando fui prefeito e fiz uma das melhores saúde do Brasil como investimento, e um dos maiores problemas que tinha ali, em senador Canedo, era o quê? Saúde, quando eu assumi. Então, quando encararem como investimento, aí você pode ter certeza que vai mudar. E muda muito. E não precisa gastar mais do que 15%, que é obrigatório para se gastar na saúde, para ter uma boa saúde.

Altair Tavares: Hoje é perto de 20%.

Vanderlan: É porque as coisas estão erradas. Você está gastando 20% e não tem saúde.
UPA fechada, CIAMs fechada, aqui do Pedro do Ouvido, está fechada há quanto tempo? O CROF fechado há quanto tempo? Tem mais de dois anos que está fechado.

Larissa Dourado: Pergunta do ouvinte Jair. Bom dia. Aqui é o Jair do Parque Amazonas. Larissa gostaria que perguntasse para o Vanderlan sobre as maternidades de Goiânia. Está faltando leito e não estão tendo pediatras, apenas na emergência.

Vanderlan: Bom, nós já falamos, Jair, um pouco sobre as maternidades, inclusive falando aqui da situação da maternidade dona Iris, né? Nós temos feito aí, Jair, através do nosso mandato e de nossas emendas, ajudado no que a gente tem condições, né? Todo o equipamento da UTI neonatal e com o mamógrafo nós colocamos ali na maternidade Dona Iris. Já deve estar se instalando devido à precariedade que estava aqueles equipamentos, recursos flutuosos. A Célia Câmara, da mesma maneira, um recurso que tem nos pedido, quando o Estado ao nosso alcance nós temos feito. Agora, como prefeito de Goiânia, é prioridade para nós, Jair. Você pode ter certeza disso. Por quê? Porque não é só ser gestor, não, é essa sensibilidade. Então, quando eu fico olhando meus netos, agora, esses dias mesmo, nasceu mais uma, Júlia. Então, eu fico olhando ali, imagina a mãe, que no momento mais difícil e complicado que ela tem, chegar numa maternidade e não, aqui só não pode mais porque os serviços estão suspensos. Isso aí é a falta de, não é só de gestão, não, de compromisso, de planejamento. É falta mesmo de ter essa sensibilidade. E nós temos, eu já fui prefeito duas vezes, aliás, nós construímos ali uma das maternidades mais modernas do nosso estado, inclusive maternidade escola, que foi em parceria com a nossa Universidade Federal de Goiás. E eu quero dar esse apoio aqui, necessário mesmo, humanizar as nossas maternidades. Então, isso daí pode ter certeza que vai ser prioridade no nosso governo.

Larissa Dourado: tem a participação do Sérgio, mas antes eu quero trazer a um outro assunto, a questão de mobilidade aqui em Goiânia. Muito se reclamou, por exemplo, a questão de organização das ruas, a questão até mesmo semafórica, que tem sido uma grande dor de cabeça, que parece que são problemas tão simples de serem resolvidos, mas que não tem uma solução. E isso atrapalha em tudo, que aí afeta o transporte público, afeta também quem é morador, que anda de moto, de carro, enfim, de qualquer tipo de veículo. O que se tem no seu planejamento para poder melhorar essa questão da mobilidade?

Vanderlan: Não dá também para pegar as motos e pôr ali na faixa de ônibus, não é? O Sandro pisou na bola nisso aí. Porque vocês imaginam a quantidade de desastres, de acidentes que vai ter, eu coloco isso, pessoal. Mas nós estamos vendo aí uma das alternativas que tem, é como São Paulo fez. Então, onde tiver condições de fazer em Goiânia, que tiver espaço para fazer, nós vamos colocar as motos, que já foi testado em São Paulo e em outras cidades, no meio. Ali todos já sabem, os motoristas, que aquela faixa ali é para moto. E algum descuidado que pega aquela faixa já sabe que vai ter o retrovisor quebrado, porque a maioria deles não perdoa, não. Então em São Paulo foi um sucesso. Nós pretendemos, sim, através de um estudo bem feito, bem organizado, onde é que dá para fazer isso em Goiânia, certo? Mas a mobilidade, nós estamos trabalhando em várias frentes. Uma delas, que é um sonho antigo do Goianiense, é o anel viário. Nós tirarmos esse trânsito violento que tem hoje na BR, que se transformou numa grande avenida, fazer esse anel viário, que está aí há quantos anos, há mais de 20 anos, a concessionária não faz, o governo federal precisa, já foi passado a concessão. Mas eu quero liderar isso aí, sinceramente, é o prefeito de Goiânia que tem que liderar esse processo. Então eu quero fazer através de PPPs, não vamos esperar mais, não. De PPPs, fulano, isso aqui você quer explorar essa parte aqui, então vai construir.

Altair Tavares: Não dá para esperar o governo federal?

Vanderlan: Não dá para esperar, se o governo federal vier para o projeto, vier quando ver que está se resolvendo, quiser participar com recurso, bem, mas fazer as PPPs. Você pega aqui, com esse novo eixo, você vai tirar ali, de Campinas, por exemplo, ali nós temos os atacadistas, aqueles caminhões, aquele tumulto que causa ali, já vai tirado, já vai ficando o eixo de desenvolvimento, criar vários eixos de desenvolvimento com iniciativa privada. Nós temos aqui, está aí, os nossos polos de desenvolvimento, firmar as pessoas nas regiões, isso aí também vai contribuir com o nosso trânsito, usar tecnologia, pelo amor de Deus, nós estamos aí, os nossos semáforos ainda não são sincronizados, semáforos inteligentes, hoje estamos falando da inteligência artificial, já nós aqui estamos perdendo para muitos municípios menores, muito menores que a Goiânia. Então, são várias ações, onde dá para construir viadutos sem atrapalhar, vamos construir. 

Larissa Dourado: Vamos a pergunta do ouvinte Sérgio que faz questionamentos sobre a Comurg.

Vanderlan: Ô Sérgio, não é segredo de ninguém, Sérgio, já é a terceira vez que eu me candidato, 2016, 2020, agora 2024, 2016 era a mesma situação, inclusive se usa na Comurg, por alguns políticos que mandam na Comurg, aquele terrorismo que faz, Vanderlande sendo eleito vai acabar com a Comurg, vai no seu, toda eleição é a mesma ladainha, a mesma coisa, interessante que muitos de vocês embarcam nessa e continua do mesmo jeito, só vai complicando a situação da Comurg, vai chegar no ponto que está. Mas como é que eu vou fazer, Sérgio, eu pretendo fazer? Primeiro eu vou fazer um levantamento aí, e isso não vai precisar tomar posse não, sendo eleito, entre a transição e a posse, nós já vamos fazer um levantamento, mas eu como já tenho feito isso anteriormente, já sei onde estão os gargalos, e os gargalos, Sérgio, não está em vocês, que são trabalhadores, pais de família, não está aí não, não está no varredor de rua, não está naquele que coleta lixo, não está naquele que poda árvores e tudo mais, então nós vamos fazer esse levantamento, vou aproveitar.

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019