Protestos contra o governo de Jair Bolsonaro marcaram o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). “Enem da desigualdade”, “o mais elitista da década” e “mais cotas, menos Bolsonaro” eram algumas das palavras de ordem em cartazes do lado de fora do local de prova.
Os portões foram abertos às 12h e fechados pontualmente às 13h. Faltando dez minutos para às 13h, os retardatários começaram a correr para não perder o horário, com o apoio de professores e monitores de cursinhos pré-vestibular, que foram para a porta da universidade prestar solidariedade aos alunos. “Estamos torcendo por vocês”, diziam.
Uma jovem que chegou na garupa de uma moto poucos minutos após o fechamento dos portões ainda tentou negociar sua entrada com os seguranças sem sucesso. Saiu chorando e não quis falar com a imprensa. Mas recebeu o apoio dos professores: “Ano que vem tem de novo, vai dar tudo certo.”
Uma tenda solidária também foi armada na porta da universidade, distribuindo canetas pretas, máscara e água para os jovens. A prova deste domingo tem 90 questões de ciências da natureza e matemática. No Rio, 218.200 alunos estavam inscritos para a prova.
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