22 de novembro de 2024
Troca de farpas

“Neste governo não há interferência na PF”, diz Randolfe Rodrigues em resposta a Moro

A declaração foi feita após operação da PF que prendeu suspeitos de planejar ataques contra servidores e autoridades, inclusive o ex-juiz
Senador Randolfe Rodrigues. (Foto: Divulgação)
Senador Randolfe Rodrigues. (Foto: Divulgação)

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e líder do governo no Congresso Nacional, trocou farpas pelas redes sociais na noite desta quarta-feira (22), com o senador Sérgio Moro (União Brasil – PR). Randolfe afirmou que a interferência política dentro da Polícia Federal (PF) acabou.

“Esse tempo de Polícia Federal que o senhor viveu, que teve interferência política, acabou”, disse Randolfe. A declaração do parlamentar veio após a operação da PF que prendeu suspeitos de planejar assassinatos e sequestros de políticos e autoridades públicas, entre eles o ex-juiz Sérgio Moro.

Ainda segundo Randolfe, o plano para matar Moro foi arquitetado bem antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir o governo. Além disso, o líder do governo no Congresso lembrou que foi o próprio Moro que acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de interferir no funcionamento da PF para seu interesse, quando se demitiu do cargo de ministro da Justiça em abril de 2020.

“O plano para matar vossa excelência não foi arquitetado em três meses não. Foi antes. O senhor tinha conhecimento das providências por parte da Polícia Federal. Aliás, senador Moro, ainda bem que voltamos a ter no Brasil uma Polícia Federal que não aceita interferência política, outrora denunciada por vossa excelência”, acrescentou.

Também via Twitter, Sergio Moro, demonstrou “surpresa” com o comentário de Randolfe. “No dia em que foi descoberto um plano do PCC para me matar e a minha família, o Senador vem me chamar de mau caráter!?”, escreveu.


Nesta quarta-feira, Moro foi à tribuna do Senado Federal e discursou sobre o plano de sequestro e assassinato pelo PCC. O senador afirmou que sabia da ameaça contra ele e sua família desde janeiro e declarou contar com escolta da Polícia Legislativa do Senado e da Polícia Militar do Paraná desde então. 


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