O número de nascimentos registrados em cartórios de Goiás atingiu o menor nível desde 2012. Os dados foram divulgados no levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Registro Civil.
No ano passado, foram 92.680 nascimentos. Os números referem-se a crianças que nasceram no ano passado e foram registradas até março de 2021. A queda é de 4% em relação aos 95.852 registros de natalidade de 2019. Foi o segundo ano consecutivo de queda no estado.
Dos 246 municípios de Goiás, 142 tiveram baixa no número de nascimentos. As maiores quedas foram registradas em Goiânia (-8,6%), Anápolis (-6,8%) e Santa Helena de Goiás (-2,4%). No caminho contrário do estado, Águas Lindas de Goiás subiu 5,6% na comparação com o ano anterior.
Veja: Mortes em Goiás sobem quase 18% em ano de pandemia
Os meses que refletem o período epidêmico da covid-19 registraram a menor frequência de nascimentos. Novembro corresponde por 7,59%, enquanto dezembro aparece com 7,88%. Outubro tem 7,96% dos registros. Por outro lado, aqueles meses cujo período de gravidez não coincide com a chegada do coronavírus tiveram maior frequência. Março teve o percentual mais elevado, com 9,25%, seguido por abril, com 9,02% e maio, com 8,77%.
Faixa etária das mães
Os dados do IBGE mostram que, em 2000, os nascimentos registrados eram de crianças com mães eminentemente jovens, sendo mais de 58,4%
desses nascimentos gerados por mães na faixa etária de 20 a 29 anos de idade.
A partir de 2010 há diminuição relativa dos nascimentos cujas mães pertenciam a essa faixa etária. Por outro lado, aumentam as mães goianas que têm seus primeiros filhos entre 30 a 39 anos (23,3% do total). Em 2020, a participação dos grupos de 20 a 29 anos de idade é inferior a 51% dos nascimentos ocorridos e registrados.
Os dados de 2020 também evidenciam o incremento, em relação aos demais anos analisados, da representatividade dos nascidos vivos registrados cujas mães tinham 30 a 39 anos de idade, com relativa redução dos registros de filhos nascidos de mães em idades mais jovens.
Nota-se também uma redução da gravidez em jovens de até 19 anos. Em 2000, 25,8% das crianças nascidas em Goiás tinham mães nessa faixa etária. Em 2020, esse percentual atingiu o patamar mínimo, de 12,8%. Por outro lado, a fatia de mães acima dos 40 anos segue numa crescente, embora tímida, representando 3%.