O projeto que trata da atualização do ITU e IPTU 2016 já gera inúmeras polêmicas na Câmara Municipal de Goiânia. O líder do prefeito na Casa, Carlos Soares (PT), afirma que neste momento, a base de Paulo Garcia no legislativo não conseguiria obter a aprovação da matéria.
Se a situação já era difícil, pode ter piorado com a declaração dada pelo vice-prefeito da capital, Agenor Mariano, ao jornal O Popular, se manifestando contra o projeto de aumento do IPTU. O líder do prefeito argumenta que a missão é difícil.
“Ontem faltavam dois (votos). Hoje já faltam três. Isto não é um projeto fácil. Vai ter muita discussão. Nós não temos os votos necessários para a vitória. Logicamente que estamos trabalhando para construir a vitória, mas não temos os votos ainda. Acho que construímos um projeto digno da cidade de Goiânia, aonde as pessoas que tem mais pagarão mais e na verdade quem terá uma faixa de reajuste de 15% não chega a 11% da população. Vamos trabalhar, mas não temos os votos suficientes para aprovar ele agora”, afirmou o parlamentar.
De acordo com o petista, a Prefeitura de Goiânia vai depender de 18 vereadores, levando em conta a realidade da Casa, precisa de votos do Bloco Moderado e de outros parlamentares, já que alguns integrantes da base, como o vereador Clécio Alves (PMDB) que já se manifestou que votará contra o projeto.
Carlos Soares não acredita que a proximidade com as eleições terá um reflexo direto na aprovação ou rejeição da matéria, visto que nos últimos anos a Prefeitura de Goiânia não conseguiu aprovação, mesmo num período mais distante do processo eleitoral. O parlamentar criticou o vice- prefeito da capital e destacou que ele não participou dos estudos relacionados ao tema e que agora ajuda a complicar o quadro político.
O vereador criticou o vice-prefeito Agenor Mariano. Carlos Soares destacou que o peemedebista poderia ter participado das discussões e contribuído na construção do projeto.
“É uma pessoa importante que é o vice-prefeito da cidade é contra o projeto. Não ajuda em nada. Seria bom se estivéssemos todos juntos. Não é uma declaração a ser desconsiderada, nos entristece, pois o projeto foi construído com a participação dos vereadores até chegar o número de 18% da cidade pagando o reajuste. Foi um trabalho de várias reuniões e que o vice-prefeito não esteve nas reuniões, não ajudou a construir e agora ajuda a desconstruir um trabalho que a gente achou que poderia ter um resultado positivo”, argumentou o vereador.
Audiências Públicas
Pelo menos duas audiências públicas estão sendo organizadas pela Câmara Municipal de Goiânia antes que o projeto do IPTU comece a ser analisado nas comissões temáticas e no plenário da Casa.
Uma deverá ocorrer às 15 horas de quinta-feira (19), durante a Câmara Itinerante no Jardim América.
“Vou fazer uma audiência pública. Vamos abrir para a participação do povo. Não temos extorquir o bolso do contribuinte, mas precisamos ter a responsabilidade de que a prefeitura precisa ter receita. Vai tirar o dinheiro de onde. Quem mais tem, mais tem que pagar”, afirma o presidente da Câmara, Anselmo Pereira (PSDB).
A outra audiência pública será promovida pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal, com data a ser definida.