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Categorias: Política
| Em 9 anos atrás

“Não é crime, é este o problema, é golpe”, afirma Dilma em Goiânia

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A presidente da República, Dilma Rousseff (PT) durante inauguração das obras do novo Aeroporto Santa Genoveva em Goiânia, na noite desta segunda-feira (9), voltou a destacar que não cometeu irregularidades a frente do Governo Federal. A presidente ressaltou que não há crime de responsabilidade. Ela afirmou que há golpe.

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Dilma destacou que “não sobraria” nenhum gestor público no país se aplicassem a eles as mesmas regras que estão aplicando a ela. A presidente dizia sobre os seis decretos de crédito suplementar que editou em 2015 e que são objeto do processo de impeachment que está para ser analisado no Senado.

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“Acharam seis decretos de crédito suplementar. Que decretos são esses? Fica parecendo que são para me beneficiar. Antes de mim, os outros presidentes fizeram decretos iguais. O Fernando Henrique fez 30 decretos, o Lula fez quatro e eu fiz seis. Houve algum problema anterior ao meu caso? Não houve. Sobraria alguém neste país se aplicassem as regras aplicadas a mim para todos os gestores públicos? Resposta: Não sobraria ninguém. Não é crime, é este o problema, é golpe”, destacou a presidente.

Dilma ressaltou que a economia está dando mostras de recuperação, mas que o grande problema enfrentado pelo país é a instabilidade política. “A inflação está caindo e chegará sem sombra de dúvida e chegará até o final do ano dentro da meta, abaixo de 7%. O problema do país é instabilidade política do país”, argumentou.

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Dilma afirmou que o impeachment é um disfarce para uma eleição indireta. Ela disse que há sim a manifestação de que processo é constitucional. No entanto, a presidente ressaltou que precisa haver crime de responsabilidade para que se tenha impedimento.

“Vou lutar com todos os instrumentos que tenho: democráticos e legais e vou lutar para impedir a interrupção ilegal, usurpadora do meu mandado, por traidores, por pessoas que não tem condições de se apresentar o Brasil e se eleger. Usurpadores. Vou lutar porque o povo brasileiro merece consideração e sobretudo a democracia que conquistamos com tanto esforço. A democracia sem dúvida é o lado certo da história. A história também julgará os golpistas e usurpadores”, destacou a presidente em Goiânia.

Cunha

Dilma apresentou a versão dela quanto à cronologia dos fatos, ela ressaltou que primeiro se pediu a recontagem dos votos, depois a presidente criticou a oposição por continuar tentando a saída dela de alguma forma. “Ao longo destes 15 meses fui alvo de pauta bomba”, disse.

Dilma relembrou o processo de abertura do impeachment na Câmara dos Deputados. Ela afirmou que foi uma chantagem, pelo fato do presidente afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter tomado a ação logo após não ter conseguido votos da base governista para evitar que o Conselho de Ética o julgasse.

A presidente relatou que a Câmara esta parada e que Eduardo Cunha não nomeou comissões importantes, como a Orçamento e Constituição e Justiça.

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