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Política
| Em 7 meses atrás

“Não é censura, são regras para o uso”, diz Pacheco sobre a regulamentação das redes

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O presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se posicionou a respeito da regulamentação das redes sociais, na segunda-feira (08). Segundo Pacheco, não se trata de censura ou limitação à liberdade de expressão, mas sim na criação de regras para o uso dessas plataformas, sendo algo “inevitável” e “fundamental”.

A declaração surge a partir dos ataques que o proprietário do X (antigo Twitter), Elon Musk, fez ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e às decisões judiciais no Brasil. Nas trocas de farpas, Musk ameaçou desobedecer a ordens da Justiça brasileira e reativar contas do X que foram bloqueadas por ordem judicial por espalharem desinformação, discurso de ódio ou ataques à democracia.

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Após uma reunião entre Pacheco, os ministros do governo e líderes governistas no Congresso, o presidente do Congresso e do Senado afirma que a regulação das redes sociais é “algo inevitável”, sendo necessário haver uma disciplina legal sobre isso, “sob pena de haver discricionariedade por parte das plataformas, que não se sentem obrigadas a ter um mínimo ético do manejo dessas informações e desinformação”.

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“Ao mesmo tempo, a participação do Poder Judiciário tendo que discutir questões, relativamente ao uso dessas redes sociais sem que haja uma lei”, afirmou.

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Projeto de regulamentação das redes

Pacheco mencionou ainda um projeto já aprovado em 2020 pelo Senado sobre a regulamentação das redes sociais. O documento em questão foi travado na Câmara no ano passado.

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“Considero isso fundamental. Não é censura, não é limitação à liberdade de expressão. São regras para o uso dessas plataformas digitais para que não haja captura de mentes, de forma indiscriminada, que possa manipular desinformação, disseminar ódio, violência, ataques a instituições”, afirmou.

Diante das declarações de Elon Musk, o projeto deve ganhar força na Câmara. O relator no órgão, deputado Orlando Silva (PcdoB-SP), informou que vai pedir para que o projeto seja pautado.

Segundo Pacheco, as redes sociais se tornaram um “campo completamente sem lei”, permitindo veiculação de conteúdos criminosos e que “tudo se resume a lucro, à busca por dinheiro”.

O presidente do Congresso diz que espera que a Câmara evolua para que possa haver uma lei federal em relação a regulamentação das redes sociais, que tem um “papel cívico que deve ser exercido de não permitir que esse ambiente seja de vale tudo”.

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Maria Paula

Jornalista formada pela PUC-GO em 2022 e MBA em Marketing pela USP.