O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que não é membro da CPI da Covid pediu para falar na reunião desta quinta-feira (20/05) que ouve o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O ex-prefeito de Senador Canedo elogiou o general e o agradeceu pelo período que passou à frente do Ministério da Saúde, na condução da pandemia. “Na gestão do ministro Pazuello os respiradores são entregues de maneira independente de posição partidária e política. Quantas vidas salvaram… À época me lembro que alguns senadores da oposição o elogiaram”, destacou.

Cardoso pontuou que a CPI não pode focar apenas em um culpado pelos óbitos decorrentes da pandemia. Ele avalia que todos os entes são responsáveis. “A responsabilidade pelas mortes dos mais de 440 mil brasileiros não é só de uma pessoa como estão querendo imputar. São de todos nós. É do Congresso Nacional, prefeitos e governadores. É do judiciário. De todos nós que às vezes falhamos.”, pontuou. 

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Sem citar nomes, ele criticou pessoas que têm comemorado a acentuação das mortes decorrentes da Covid-19. “E existe nesse país, pessoas que estão torcendo para o vírus, que fala de boca cheia quando chega a 2 mil, 3 mil, 4 mil, 5 mil… Falando com gosto.” 

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Ao citar um projeto de sua autoria que possibilita a compra de vacinas por parte de entes públicos e privados, alfinetou colegas insinuando que alguns parlamentares não estavam preocupados com a condução da pandemia. “Apresentei um projeto de lei no Senado Federal o 1033 para que empresas de direito público e privado pudessem comprar vacinas para vacinar seus colaboradores e doar 50% do SUS e fui criticado como outros que apresentaram projetos semelhantes. Dizendo que era vacina para rico. Olha só… se vem para atender aos colaboradores. As discussões e as falhas foram de todos”, destacou.

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Por fim, tornou a falar de parlamentares no Senado que estavam utilizando a CPI como prévia do palanque eleitoral para 2022 e voltou a agradecer o general Eduardo Pazuello: sentimento é de gratidão. “Fico imaginando aqui aqueles que estão tentando antecipar as eleições. Não quero e eximir de culpa até porque já assumi parte da culpa dessas mortes, talvez por omissão. Minha palavra hoje aqui, ministro Pazuello é de gratidão. Gratidão pelo que o senhor fez pelo país”, pontua.

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