07 de agosto de 2024
Esportes

Na 3ª Copa, Neymar quer título inédito e também superar marca de Pelé

Neymar - Seleção Brasileira (Foto - Lucas Figueiredo)
Neymar - Seleção Brasileira (Foto - Lucas Figueiredo)

Neymar inicia nesta quinta-feira, contra a Sérvia, em Lusail, sua terceira tentativa de conquistar o título que falta na sua carreira, a Copa do Mundo FIFA. Mas o astro não pretende voltar do Qatar-2022 “apenas” com o troféu mais cobiçado do planeta na bagagem.

Aos 30 anos, o camisa 10 brasileiro deseja sair no Mundial como o novo detentor de um recorde que há décadas pertence a Pelé: o de maior artilheiro da história da seleção mais vitoriosa que o futebol já viu. O meia-atacante do Paris Saint-Germain está a apenas dois gols de igualar a marca do “Rei do Futebol”.

Desde que estreou com o uniforme canarinho, há 12 anos, o astro do século 21 já disputou 121 partidas e meteu 75 bolas nas redes. Pelé, que jogou pelo Brasil durante 14 anos e é o único homem que venceu três edições da Copa como atleta, fez 77 gols em partidas oficiais em sua trajetória pela seleção.

A conta que costuma ser divulgada pelo ex-jogador considera também 18 tentos anotados em jogos contra clubes e combinados regionais, que não são reconhecidos como compromissos internacionais pela FIFA, o que daria 95 gols, no total. Independente dessa distorção estatística, o fato é que Neymar sonha sair da Copa-2022 com o título mundial que tanto almeja e o posto de “maior que Pelé”, pelo menos no número de gols marcados pela seleção nas partidas que realmente valem.

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O curioso é o que o atual artilheiro máximo da história do Brasil e o próximo (afinal, se o recorde não for quebrado no Qatar, certamente será batido pouco depois do torneio) possuem exatamente a mesma origem. Ambos foram formados no Santos, começaram a se transformar em estrelas globais ainda na adolescência e consagraram a camisa 10 da seleção canarinho.

A diferença é que Pelé jogava em uma época que as transferências para a Europa não eram muito comuns. Por isso, defendeu o clube onde foi formado durante praticamente toda sua carreira e só teve uma experiência no exterior, já perto da aposentadoria, no New York Cosmos, dos Estados Unidos. Neymar, por sua vez, não demorou para se tornar um cidadão do mundo.

Com 21 anos, foi embora do Brasil para jogar no Barcelona e construir uma forte parceria/amizade com Lionel Messi. Juntos, eles ganharam duas edições do Campeonato Espanhol, três Copas do Rei, uma Liga dos Campeões e um Mundial de Clubes.

Em 2017, deu o passo mais ousado da sua carreira ao trocar o então consolidado projeto culé pela missão de liderar o desejo do PSG de se tornar um dos melhores times do planeta. Para isso, também protagonizou a transferência mais cara que o futebol já viu (e que continua até hoje sem ser superada): 222 milhões de euros.

Ousadia, aliás, talvez seja uma das palavras que melhor define Neymar, tanto dentro de campo (com dribles e passes desconcertantes, que fogem do previsto pelo adversário), quanto na gestão da sua carreira (com as transações milionárias e uma gestão de imagem das mais agressivas).

É justamente pelo esse comportamento tão ousado que o brasileiro desperta emoções tão extremas. Nas redes sociais, não faltam torcedores completamente apaixonados pelo camisa 10 e que defendem todos os seus passos com unhas de dentes. Por outro lado, não é raro ver jogadores e treinadores adversários, além de jornalistas, criticando o comportamento de Neymar.

“On Fire”

Mas, até seus críticos mais ferrenhos reconhecem que Neymar desembarca no Mundial do Qatar vivendo um momento especial na carreira.

Depois de anos convivendo com problemas físicos que minavam seu desempenho no PSG, o brasileiro está “voando” nesta temporada. Em 2022/23, ele só desfalcou a equipe francesa em duas partidas e tem média de participação em gols superior a 1 por partida: 15 tentos e 12 assistências em 20 apresentações por seu clube.

Depois da eliminação nas semifinais no Brasil-2014 (com o meia-atacante machucado e fora de ação, é bom lembrar) e da queda nas quartas na Rússia-2018, Neymar acredita que chegou a hora de ser campeão mundial… e também de deixar Pelé para trás.

(Conteúdo – FIFA)


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