Mulheres que foram vítimas de violência doméstica em Goiânia podem procurar a Casa Abrigo Sempre Viva – unidade gerida pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM). No local é oferecido serviço de acolhimento institucional para mulheres vítimas de violência doméstica ou nas relações íntimas de afeto com o risco de morte, bem como de seus dependentes.
O espaço tem o objetivo amparar, proteger e fortalecer essas mulheres, oferecendo assistência psicológica, social e jurídica a elas e seus filhos. O trabalho é desenvolvido de forma que as abrigadas conheçam os seus direitos, ampliem a consciência sobre relacionamentos afetivos saudáveis e retomem suas vidas seguras e, se possível, já inseridas no mercado de trabalho.
O funcionamento é 24 horas, em local sigiloso em Goiânia, como residência temporária por até três meses, com capacidade para abrigar 50 pessoas, entre mulheres e crianças – sendo dependentes do sexo masculino, até 12 anos de idade incompletos, nos termos do art. 2º da Lei nº 8.069/1990 e dependentes do sexo feminino, até 18 anos.
Terapia
As crianças possuem prioridade de vagas nos Centros Municipais de Ensino Infantil (Cmeis), assim como os adolescentes no ensino fundamental e médio, onde são acompanhadas nestas instituições pelo período de permanência na casa abrigo. Ações como rodas de conversa, terapia ocupacional, dia da beleza e leitura ajudam essas mulheres a reconstruírem seus laços familiares e de amizade, em geral dilacerados após se afastarem de casa por medo do agressor.
Elas são encaminhadas depois de passarem por escutas e triagem pelas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam). Em Goiânia existem duas Deam’s,, uma na região central , a 1ª Deam, localizada na Rua 24, nº 203, e outra na região noroeste, a 2ª Deam, localizada na Avenida do Povo com Rua E, Qd. 10, Lt. 101, no Jardim Curitiba.
Balanço
Quando entram na Casa Abrigo, precisam seguir regras de convivência, acordadas antes da entrada da família, a fim de proteger todos que lá vivem. No ano de 2019 foram feitos 30 abrigamentos de mulheres (sendo duas gestantes) e 20 dependentes. Além disso, foram feitos 52 acompanhamentos na área da saúde, 12 acompanhamentos na área da educação, 5 encaminhamentos para curso de qualificação profissional, 11 serviços para obtenção de documentação e 3 passagens de retorno as suas cidades de origem.
Foram realizados ainda com as abrigadas, 130 encontros para terapia ocupacional: artesanato, rodas de conversa, culinária, dia da beleza, colagem, ateliê e leitura. A equipe interdisciplinar ainda faz o acompanhamento de 28 mulheres que já adquiriram autonomia emocional e financeira e já foram desligadas da casa abrigo. O acompanhamento após abrigamento tem duração de três meses.
Resgate
Para a secretária da Mulher, Ana Carolina Almeida, a casa abrigo oferece as mulheres condições para retomar o curso de suas vidas. “Além da proteção, fazemos ações para resgatar a auto-estima, autonomia e perspectiva de mudança de vida”.
Canais de atendimento para mulheres vítimas de violência A Lei Maria da Penha estipula quatro tipos de violência doméstica, são elas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Para as mulheres que sofrem um ou mais desses tipos de violência doméstica e/ou familiar existem canais de atendimento como: o Disque 180 que é um serviço gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas, que funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil.
• 153 – Mulher Mais Segura (Guarda Civil Metropolitana)
• 190 – Patrulha Maria da Penha (Polícia Militar)
• Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – 1ª DEAM -Endereço: Rua 24, nº 203, Centro -Fones: 3201-2801 / 2802 / 2807 / 2818 /2820
• Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – 2ª DEAM (Região Noroeste) Endereço: Av. do Povo com Rua E, Qd. 10, Lt. 101, Jardim Curitiba
Fones: 3201-6344 / 3201-6332 /3201- 6331