A fazenda São Lukas, em Hidrolândia, voltou a ser ocupada por cerca de 600 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os sem-terra reivindicaram, nesta nesta segunda-feira (24), que a área seja destinada a um assentamento da reforma agrária e cobram que o governo federal regularize a situação de três mil famílias acampadas em Goiás.
Esta é a segunda vez que o MST ocupa as terras goianas, que possuem mais de 678 mil metros quadrados. A primeira foi em 25 de março deste ano, como parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra.
Vale lembrar que o local foi escolhido por já ter sido sede de um esquema de exploração sexual e tráfico internacional de pessoas. Antes de Tendo como vítimas principais mulheres pobres das cidades de Anápolis, Goiânia e Trindade, o esquema durou cerca de três anos. Além disso, segundo o MST, a área ocupada integra o patrimônio da União desde 2016, sete anos após um grupo de 18 criminosos, condenado em 2009, pelos crimes citados acima terem perdido a propriedade.
O retorno do MST à área, segundo o site Brasil de Fato, acontece na semana seguinte em que o Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela que entre 2021 e 2022 houve uma alta de 15% dos crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
No fim de maio, o governo federal chegou a assinar o Termo de Transferência de Domínio Pleno de Imóvel rural da fazenda São Lukas, manifestando interesse em destinar a área à reforma agrária. A guarda da propriedade, então, saiu da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e passou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
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