O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) esclareceram que não estão enviando militantes para a manifestações dos bloqueios das rodovias, feitos por bolsonaristas. O movimento foi confundido com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), por conta da semelhança entre as siglas.
Em nota no Twitter, o MTST ressaltou que “não provocará nenhuma situação de confronto com os bolsonaristas”. No entanto, “orienta sua militância nos estados a organizar manifestações para desbloquear as principais vias de acesso, exigindo o respeito às eleições”, afirma.
O movimento ainda acrescentou que espera que não haja conflito com as forças de segurança. “Esperamos ser tão bem recebidos pelas forças de segurança quanto os bolsonaristas estão sendo”, pontou. O MTST ainda lembrou que, em vários momentos em que estiveram nas ruas lutando por direitos, nos últimos 4 anos, não foram bem recebidos.
“Nós do MTST sempre estivemos nas ruas lutando por direitos sociais legítimos como casa e comida. Muitas dessas vezes fomos recebidos com tiros, bombas, agressões e prisões”.
O silêncio do atual presidente diante do cenário de manifestações de seus apoiadores tem intensificado as ações em vários pontos do país. “Enquanto Bolsonaro não se pronuncia, sua base fanática segue promovendo locautes para prejudicar o trabalhador”, concluiu o movimento.
Enquanto Bolsonaro não se pronuncia, sua base fanática segue promovendo locautes para prejudicar o trabalhador.
— MTST (@mtst) October 31, 2022
Aqui, vemos um pessoal bem alimentado, com carro caro, fechando rodovia de boa. Se fosse o MTST ou o MST denunciando a fome no país, era tiro, porrada e bomba. pic.twitter.com/vfonePSexx
Bloqueios em Goiás
Desde o último domingo (30), mais de dez rodovias já foram bloqueadas em Goiás. Na manhã desta terça-feira (1), cerca de 14 trechos de rodovias estaduais e municipais do Estado estavam interditadas por manifestantes bolsonaristas que não aceitam o resultado das urnas eleitorais e contra à vitória do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido que foi feito pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e pelo vice-procurador geral eleitoral na noite de segunda-feira (31). Além de Goiás, diversos outros estados também têm registros de rodovias bloqueadas.
“Que sejam imediatamente tomadas, pela Polícia Rodoviária Federal e pelas respectivas polícias militares estaduais – no âmbito de suas atribuições – , todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do poder executivo federal e dos poderes executivos estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido”, destacou Moraes.
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