O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) por intermédio da Área de Atuação da Saúde do Centro de Apoio Operacional, e do Grupo de Atuação Especial da Saúde (GAE Saúde), enviou no último sábado (30) um Ofício de caráter urgente ao Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), à Secretaria Municipal de Saúde e ao procurador-geral do Município. O documento alerta sobre a grave falta de medicamentos e profissionais nas unidades de saúde municipais.
Atualmente, Goiânia vive uma grave crise na Saúde, com falta de leitos de UTI, déficit de profissionais e de insumos nas unidades de saúde. Investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial no Patrimônio Público (GAEPP) do MP-GO, revelaram um esquema organizado funcionando na Secretaria Municipal de Saúde ligando agentes públicos e empresários, laranjas e pagamento de propinas no desvio de recursos destinados aos serviços de saúde. O resultado foi um rombo milionário na pasta e problemas de pagamentos de prestadores de serviços.
As apurações recentes do MPGO, por meio da Operação Comorbidade, prendeu preventivamente o até então secretário de Saúde, Wilson Pollara, o secretário executivo da pasta, Quesede Ayres Henrique, e o diretor financeiro, Bruno Vianna Primo. Documentos comprovaram desvios, superfaturamento e descumprimento de obrigações legais.
Diante da situação crítica, o MPGO com a presença da nova Secretária Municipal de Saúde, Cynara Mathias Costa e do Secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, em uma reunião, constataram a falta de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde e nas Unidades Pré-hospitalares de Goiânia. Além disso, foi informada a carência de profissionais da área da saúde nas unidades pré-hospitalares.
Com os fatos alarmantes que assolam a população goianiense, o MPGO solicita providências “urgentíssimas” para a aquisição de todas as medicações faltantes. O órgão ressalta que a “assistência à saúde da população que depende do SUS deve acontecer em sua plenitude e no devido tempo, respeitando o princípio da dignidade humana”.
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