23 de dezembro de 2024
Anápolis

MP vai recorrer de decisão que mandou soltar médico suspeito de crimes sexuais em Anápolis

Médico ginecologista suspeito de abusar de clientes. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Médico ginecologista suspeito de abusar de clientes. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) vai recorrer da decisão que mandou soltar o médico Nicodemos Júnior Estanislau de Morais. O ginecologista foi denunciado por 53 mulheres e ficou preso em Anápolis por cinco dias. Ele foi libertado na segunda-feira (4) após determinação da Justiça.

O recurso será protocolado pela 8ª Promotoria de Justiça de Anápolis. Em nota, o MPGO disse que entende que a concessão de liberdade ao médico “está equivocada ao ignorar os relatos de mais de 50 vítimas.”

De acordo com a promotora de Justiça Camila Fernandes Mendonça, a prisão é necessária para a garantia da ordem pública. Ela argumenta ainda que a detenção dele colabora para conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal.

Médico foi solto por decisão judicial

O médico Nicodemos Júnior Estanislau de Morais foi solto após decisão judicial nesta segunda. O juiz Adriano Roberto Linhares Camargo considerou que o ginecologista tem residência fixa e é réu primário.

O despacho determina que ele não entre em contato com as vítimas, tampouco exerça a profissão. O ginecologista deverá ficar em casa e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica.

Denúncias

Segundo a Polícia Civil, 53 mulheres procuraram a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o médico. Há relatos de que ele tirava fotos das partes íntimas das vítimas. Morais também é acusado de estupro de vulnerável contra uma paciente que tinha, à época, 12 anos de idade.

Ele deve responder por abuso sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.


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