Uma nova fase da Operação Escritório do Crime, do Ministério Público, está investigando um esquema de criminosos que fraudaram documentos para se apropriar de um lote de R$ 7 milhões em Formosa, Entorno do Distrito Federal. As informações são do portal Metrópoles e, o objetivo dos suspeitos, era o de obter empréstimos com o imóvel como garantia.
Apesar da proprietária do imóvel morar em São Paulo, o esquema acabou dando errado graças a desconfiança de um cartorário de Planaltina, no Distrito Federal. De acordo com as informações, o trabalhador desconfiou da veracidade de uma documentação apresentada e, após entrar em contato com autoridades, uma apuração apontou que o grupo forjou procurações em dois cartórios em nome da legítima proprietária do imóvel milionário, que tem a área desde a década de 1970.
O funcionário do cartório ainda teria dito que encontrou, na base nacional de clientes do notariado, “informações referentes à mesma pessoa que conflitavam com os documentos apresentados”. Com isso, a foto constante apresenta certa divergência em relação à imagem da pessoa que compareceu no cartório.
Atualmente, com as investigações em andamento, o principal alvo da prisão é Anderson Juvenal de Almeida, 43 anos, que não foi encontrado e segue foragido. Ele é “suspeito de ser um dos falsários do grupo” criminoso, tendo se unido com um empresário e um advogado para “se apropriar e utilizar área situada no Setor Industrial de Formosa avaliada em R$ 7 milhões”.
Vale lembrar que a Operação Escritório do Crime teve a primeira fase deflagrada em junho deste ano, e investiga crimes que vão desde esbulho e falsidade ideológica a associação criminosa em Goiás, envolvendo grupos com alto poder aquisitivo e influência política em Formosa. Nesta segunda fase, a Justiça autorizou o pedido do MP para cumprir três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva.
Ainda na primeira fase, o mandado de prisão tinha como alvo D’Artagnan Costamilan, 72. Apontado como pivô do escândalo de grilagem de terras em Formosa, ele acabou preso na última quarta-feira (16/8), no Rio Grande do Sul, após 37 dias foragido. Caso condenados ao final do devido processo penal, os envolvidos estarão sujeitos a mais de 10 anos de cadeia.