A cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e de seus suplentes foi defendida pela Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná nesta quinta-feira (14). O motivo: prática de abuso de poder econômico descrita na ação proposta pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) ainda sobre as eleições de 2022.
Como consta no texto, os supostos gastos de mais de R$ 2 milhões de Sergio Moro em pré-campanha presidencial coloca em dúvida a isonomia entre os candidatos ao Senado. O argumento das partes ainda diz que o agora senador usou “estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de senador”.
Conforme publicou a CNN, o advogado de Sergio Moro, Gustavo Guedes, afirmou que discorda do parecer do MP Eleitoral. Para a defesa do senador, as despesas são justificáveis e que há uma falha no processo “na medida em que considerou gastos fora do Paraná e aqueles indiferentes eleitorais (segurança, para não ser assassinado pelo PCC) como despesas pré-eleitorais”.
Ainda à CNN, Sergio Moro teria dito que esta sofrendo perseguição política. “No fundo, as ações são um castelo de cartas, promovidas por uma perseguição política, em parte pelo PT e, do outro lado, por oportunistas que perderam a eleição no Paraná e são membros do PL. Mas as alegações não se sustentam”, diz.
“Falaram que tinha caixa dois, desvio, mas quando se vê nos processos, não tem nada, não tem prova nenhuma disso, porque esses fatos não ocorreram […] A ação vai ser julgada, e a gente respeita a Justiça Eleitoral. Vamos esperar o julgamento. Mas os fatos que eles alegam ou não existem, ou não foram provados, ou não fazem sentido”, completou o senador.
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