12 de setembro de 2024
MARCO HISTÓRICO • atualizado em 08/01/2024 às 16:05

Movimentos contra atos de 8/1 defendem que não haja anistia a golpistas

Reunidos no Cepal do Setor Sul, manifestantes lembraram atos contra os Três Poderes em Brasília em 8/1 de 2023; falas cobraram punição para não cair no esquecimento, nem repetir
Mobilização lembrou atos golpistas do ano passado e cobrou punição - Foto: Diário de Goiás
Mobilização lembrou atos golpistas do ano passado e cobrou punição - Foto: Diário de Goiás

Integrantes de movimentos sindicais, sociais, religiosos e culturais, partidos políticos e estudantes, entre outros, defenderam que não pode haver anistia a quem atentou contra os poderes brasileiros. Eles realizaram em Goiânia, na manhã dessa segunda-feira (8), uma mobilização para lembrar a tentativa de golpe ocorrida há um ano, em Brasília. Convocados pelo Fórum em Defesa da Democracia, os manifestantes se reuniram no Cepal do Setor Sul.

Para os participantes, não deve haver anistia a quem atentou contra os poderes do país. A tônica dos discursos também girou em torno de relembrar para não repetir outras tentativas de tomar o poder no Brasil fora do âmbito das eleições, como ocorreu no ano passado.

Democracia e liberdade

“Quem tem memória não pode repetir a história. Hoje é um ponto na curva da história que queremos construir com todos, inclusive com a oposição, de respeito à Democracia. Sem medo, como seria se os bolsonaristas tivessem tido êxito no dia 8 do ano passado, porque não poderíamos estar aqui, manifestando com liberdade”. Essa foi a definição do ex-prefeito de Goiânia, hoje superintendente regional do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás, Pedro Wilson, em entrevista ao Diário de Goiás.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores em Goiás, Flávio Silva, destacou que a mobilização dessa segunda-feira é um registro imprescindível de ser realizado para mostrar o absurdo dos atos do ano passado. “Lembrar isso é para destacar que nossa Democracia jamais será violada, que não podemos permitir”, declarou ao DG.

“É dia de lembrar para não repetir, porque aqueles que atentarem contra nossa Democracia serão duramente punidos”, defendeu.

Punição segue ritmo normal, diz Adriana Accorsi

Também a deputada federal Adriana Accorsi (PT) enfatizou que “aquele dia não pode ser esquecido para que jamais aconteça novamente, jamais tenhamos um ataque brutal, cruel e covarde contra os poderes no estado democrático de direitos”.

Do ponto de vista da punição, ela observa que reação ainda está acontecendo. E citou que a Operação Lesa Pátria, ainda nesta segunda-feira, atingiu mais pessoas suspeitas de financiamento ou participação nos atos de 2023. Delegada de Polícia, Accorsi disse que o trâmite das investigações está no rigor normal, ou seja, dentro, dos prazos necessários.

O presidente do Instituto Bernardo Élis, Nilson Jaime, fez a defesa da Constituição Federal, que foi gravemente ofendida nos ataques do ano passado. “Os movimentos populares devem respaldar a Justiça Eleitoral e a punição aos culpados”, pontuou. Ele seguiu na mesma linha de que não pode haver anistia a quem atentou contra os poderes brasileiros.

Contra golpes e contra a fome

Representando o movimento dos economiários da Caixa Econômica Federal e movimentos contra a fome, o advogado Eurípedes Cipriano declarou: “Temos que ficar atentos. As intentonas golpistas da direita perduram desde a Independência do Brasil”.

Também disse que a fome e a miséria triplicaram durante o governo anterior, o que também justifica manter a mobilização popular. “No ‘desgoverno’ de Jair Bolsonaro, 33 milhões de pessoas voltaram a passar fome novamente no país”, apontou.

Entre outros líderes políticos e partidários, também participaram do evento a vereadora Kátia Maria, presidente estadual do PT, e o deputado estadual da legenda, Mauro Rubem.

Após uma sequência de falas, os participantes saíram em caminhada até a Praça Cívica no final da manhã.


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