24 de agosto de 2024
Destaque 2

Movimento faz “adesivaço pelo impeachment” na Praça Universitária, em Goiânia

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Após soldados da Polícia Militar terem autuado o secretário do PT em Goiânia, Arquidones Bites por ter seu carro plotado com a frase “Fora Bolsonaro Genocida”, o movimento “Fora Bolsonaro Goiás” decidiu promover um “adesivaço pelo impeachment” em resposta. A ação teve início simbólico nesta terça-feira (01/06) mas será nesta quarta (02) e quinta-feira (03) entre as 17h e 20h, na Praça Universitária que a organização espera atingir mais pessoas. 

Adesivos com as frases “Fora Bolsonaro”, “Vacina Já” e “Renova 600”, em referência a continuidade do auxílio emergencial estarão a disposição. Para Kelly Cristina, uma das integrantes da Articulação de Mulheres Brasileiras, na campanha Fora Bolsonaro, a liberdade de opinião é uma das principais características da democracia. “Quanto mais pessoas puderem exprimir a sua posição política de forma livre, desembaraçada, não constrangida, mais a gente garante essa liberdade”, destaca em entrevista ao Diário de Goiás. “A gente sabe que está tendo uma hostilidade grande, mas é isso que queremos evitar”, pontua.

A resposta por meio das manifestações públicas de opinião acaba fortalecendo a democracia. “Ter poucas condições de se manifestar sua própria liberdade de pensamento político demonstra a gravidade de um momento. Quanto mais pessoas estiverem com adesivos, menos a gente vai ter agressões fascistas sobre aqueles ou aquelas que colocarem e se posicionarem.”  Também acaba sendo um movimento de proteção: “A gente acredita que a forma que a gente se proteger, é também se manifestar publicamente e não recuar. Isso do ponto de vista histórico. Se a gente recua, o fascismo cresce”, explica.

Quase preso por faixa “Fora Bolsonaro Genocida”

O professor foi liberado na sequência. Tanto a Polícia Civil, como a Polícia Federal, onde os guardas militares o levaram, entenderam que não houve crime algum. Os PMs alegaram  infração do artigo 26 da Lei 7.170, da Segurança Nacional, que previa como crime “caluniar ou difamar o presidente da República”. 

O policial militar que prendeu o secretário estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), por se recusar a retirar adesivo com frase “Fora Bolsonaro Genocida” de seu veículo, foi afastado de suas funções, de acordo com nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), nesta terça-feira (1). 

Em nota, a SSP afirma que o policial militar “responderá a inquérito policial e procedimento disciplinar para apuração de sua conduta”. O órgão ressalta que “não coaduna com qualquer tipo de abuso de autoridade, venha de onde vier. Assim sendo, todas as condutas que extrapolem os limites da lei são apuradas com o máximo rigor, independentemente do agente ou da motivação de quem a pratica”.


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