O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (14), em entrevista ao Estadão, que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, “cruzou a linha da bola” nas declarações que deu no último domingo (12), em entrevista ao Fantástico.
Mourão fez uma analogia com o polo, esporte no qual é considerada falta grave quando um cavaleiro cruza na frente da linha da bola. Para o vice-presidente, a declaração de que a população estava dividida entre as recomendações do ministro e de Bolsonaro “merecia um cartão”. “Não precisava ter dito determinadas coisas”, completou.
Na opinião do vice-presidente, a discussão entre o presidente e Mandetta deve ser feita internamente, não pela imprensa. Apesar da crítica à entrevista do ministro, Mourão manteve sua posição contra a demissão dele, mas reiterou. “É uma decisão do presidente”. O vice-presidente vê que ainda cabe diálogo na relação entre os dois. “Cabe mais uma conversa ali, chamar ele e dizer para acertarem a passada, para que as coisas sejam discutidas intramuros e não via imprensa”.
Mourão afirmou também que o trabalho técnico do Ministério da Saúde é “muito bom”. Ele também falou em politização do vírus e evitou críticas aos governadores. Segundo o vice, é hora de já planejar ações para a reconstrução do Brasil. “Temos que continuar no rumo de aprovar reformas, PECs, porque a vida não vai parar. O que gastarmos é óbvio que terá que ser pago no futuro”, disse.
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