A partir da próxima sexta-feira (28), usuários do transporte coletivo da capital e região metropolitana de Goiânia poderão ser afetados pela greve dos motoristas. O Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo) anunciou, nesta segunda-feira (24), a paralisação total devido a reivindicações salariais e de condições de trabalho.
O indicativo segue a regulamentação de anúncio feito com prazo de 72 horas anteriores à paralisação. Ao Diário de Goiás, o diretor do Sindicoletivo, Sérgio Reis, afirmou que ainda há possibilidade que as demandas sejam negociadas antes do prazo estipulado para início da greve dos motoristas. “Ainda teremos mediação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho)”, destacou. Caso a negociação não aconteça até dia 27 de junho, a greve será deflagrada no dia 28 de junho, a partir das 00hs.
Após meses de negociações, discutidas desde dezembro do ano passado, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros de Goiânia (SET) ainda não atendeu as reivindicações da categoria. Entre as demandas solicitadas nas negociações, reajuste de 15% no salário e 20% no ticket alimentação retroativo à março deste ano, além de melhorias nas condições de trabalho. Procurada pelo Diário de Goiás, a assessoria do SET informou apenas que, neste momento, o sindicato não vai se posicionar sobre o andamento das negociações.
De acordo com Sérgio Reis, o SET ofereceu apenas 4,5% retroativo à março deste ano e mais 2,0% em setembro, proposta que foi recusada pelos motoristas. A categoria espera que as demandas sejam consideradas na reunião junto à Justiça do Trabalho. A paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo da capital deverá impactar cerca de 500 mil de usuários do transporte público, diariamente, conforme dados da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC).