O motorista Edmar Carlos da Mota, que conduzia o ônibus que se envolveu em um grave acidente na BR-153, em Aparecida de Goiânia, relatou, nesta segunda-feira, 27, os momentos que antecederam o ocorrido. À Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT), ele alegou que não havia sinalização na via informando que se tornaria mão dupla.
“Não tinha sinalização”, afirmou. “Pela minha experiência na estrada, todo km existe uma sinalização informando que vai virar pista de mão dupla. Quando vi, já estava em cima”, acrescentou o motorista, com a afirmativa de ter jogado o veículo para o lado da direita, no momento do acidente, pelo fato de ali enxergar ali uma opção de saída. “Se eu tivesse mantido na faixa da esquerda, ali estariam os trabalhadores e o caminhão da obra”, enfatizou.
Internado no Heapa, Edmar disse que assumiu o ônibus em Uberlândia-MG e não passava pelo trecho onde aconteceu o acidente há 15 dias. Por isso, não tinha conhecimento a respeito da interdição. “Da última vez que passei, não estava dessa forma”, ponderou. “Do nada, quando eu vi, só senti aquele tumulto de cone, caminhão parado, obra e não vi sinalização para trás e foi quando eu vi que veio a colidir”, declarou o motorista.
O acidente aconteceu na madrugada da última sexta-feira, 24, e resultou na morte de seis passageiros. O ônibus da empresa Real Expresso havia saído de São Paulo e seguia para Brasília, quando bateu em um carro da Triunfo Concebra, que administra a rodovia, e em seguida colidiu com um caminhão que seguia no sentido contrário. Após a batida, caiu em uma ribanceira.
De acordo com a Triunfo Concebra, concessionária que administra a rodovia, pelo menos 46 pessoas estavam envolvidas no acidente, onde seis morreram e outras 41 ficaram feridas. A empresa Real Expresso afirmou que dá todo o suporte aos feridos e que trabalha com as forças policiais para esclarecer as causas do acidente, que serão apuradas em procedimento interno.
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