07 de agosto de 2024
Terremoto

Mortos na Turquia e Síria passam de 24 mil e número ainda deve dobrar, diz representante da ONU

Além dos milhares de feridos, também há uma estimativa de milhões de pessoas desabrigadas
Equipes de resgate continuam nas buscas após o desastre natural, que já é o sétimo mais mortal do século. (Foto: reprodução/Twitter)
Equipes de resgate continuam nas buscas após o desastre natural, que já é o sétimo mais mortal do século. (Foto: reprodução/Twitter)

Um chefe de ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU) informou, nesta sexta-feira (10), que o número de mortes causadas pelo terremoto na Turquia e Síria provavelmente mais do que dobrará. Ou seja, os 24.596 óbitos confirmados nas últimas horas, podem ultrapassar com facilidade o número de 50 mil. Caso isso se confirme nos próximos dias, o tremor passaria a ser o mais mortal da história do país em mais de um século, já que o mais grave, neste período, aconteceu em 1939 e matou cerca de 30 mil pessoas.

“Acho que é difícil estimar com precisão, pois precisamos ficar sob os escombros, mas tenho certeza de que dobrará ou mais […] Isso é aterrorizante. Isso é a natureza contra-atacando de uma maneira realmente dura. É profundamente chocante… a ideia de que essas montanhas de escombros ainda mantêm pessoas, algumas delas ainda vivas. Nós realmente não começamos a contar o número de mortos”, disse Martin Griffiths, coordenador de ajuda de emergência da ONU em entrevista ao portal Sky News.

A tragédia, no momento, já é a sétima mais mortal do século no mundo e, além dos milhares de mortos e feridos, milhões estão desabrigados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calculou que mais de 24 milhões de pessoas estejam indireta ou diretamente afetadas pelo terremoto, das quais, 6 milhões em situação de vulnerabilidade.

As vítimas do terremoto de magnitude 7,8, que ocorreu nas primeiras horas da segunda-feira (6), seguido de tremores secundários, porém, ainda contam com a ajuda de milhares de equipes de resgates, mas, em outra matéria publicada pelo Diário de Goiás, são relatadas as condições que os sobreviventes, muito deles feridos, passam, já que atualmente é inverno e as temperaturas caem drasticamente na região do desastre.

Também há inúmeras histórias de resgates de pessoas que conseguiram ser recuperadas com vidas, mesmo soterradas por escombros. Um recém nascido, por exemplo, foi resgatado com sua mãe em destroços de um prédio que desabou na Turquia. Ainda no país, um homem de 32 anos e seu filho também foram resgatados e levados ao hospital na manhã de sexta-feira (10), quase 100 horas debaixo de entulhos, após o terremoto.

Na Síria, equipes de resgate do grupo Capacetes Brancos usavam as mãos para cavar através do gesso e cimento até chegar ao pé descalço de uma jovem, vestindo pijama rosa, que foi retirada viva. E também a história de uma menina com seu irmão mais novo, que foram resgatados juntos debaixo dos escombros.

Apesar disso, as esperanças vão diminuindo conforme as horas passam. Griffiths, da ONU, também disse que os esforços de resgate estão agora em seus estágios finais. “Dizem que 72 horas é o período de ouro (para resgates)”, reforçou, relembrando que já se passaram mais de 130 horas do terremoto na Turquia e Síria.


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