Quatro dias após o piloto Douglas Costa, de 42 anos, e a namorada, a dentista Mariana Giordano, morrerem, os serviços de vigilância sanitária de São Paulo seguem na investigação para descobrir qual a causa da morte. Os dois óbitos, óbitos ocorreram na última quinta-feira (8), depois que o casal teve sintomas súbitos e simultâneos envolvendo febre, dores e manchas pelo corpo.
Douglas Costa e Mariana Giordano viajavam pelo interior de São Paulo e Minas Gerais quando começaram a sentir os sintomas. A Vigilância Epidemiológica da Jundiaí, responsável por investigar os óbitos, mesmo sem saber a causa, já suspeita que eles possam ter contraído leptospirose ou febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato.
Segundo a CNN, que entrevistou familiares e profissionais da saúde que prestaram os primeiros atendimentos ao casal, os dois apresentaram febre forte e sem razão aparente, além de dores e manchas vermelhas no corpo.
Ainda de acordo com a CNN Douglas Costa, chegou a ser internado em um hospital particular de Jundiaí, mas não resistiu. Mariana Giordano recebeu atendimento em uma unidade de saúde de São Paulo, mas também teve complicações e faleceu.
Como as mortes foram rápidas, condição dificulta a investigação por parte dos epidemiologistas. Por isso, nesta segunda-feira (12), a prefeitura de Jundiaí enviou amostras biológicas retiradas na autópsia de Douglas para o Instituto Adolfo Lutz para uma tentativa ais rápida de definição do diagnóstico.
Ainda em relação ao histórico da viagem do casal, a vigilância sanitária de Jundiaí afirmou que Douglas e Mariana estiveram na zona rural de Campinas antes do dia 3 de junho e em Monte Verde entre os dias 3 e 4 deste mês.
Os sintomas, porém, começaram no dia 3 de junho, quando o casal havia acabado de chegar ao município mineiro, o que torna improvável que eles tenham sido contaminado com alguma doença no estado de Minas Gerais. Após isso, o que se sabe é que ambos morreram apenas cinco dias após o início dos sintomas.
Caso a suspeita se confirme sobre febre maculosa, é importante lembrar que tal doença é transmitida pelo carrapato-estrela, que não é o carrapato comum que se encontra em cachorros. A espécie pode ser encontrada em animais de grande porte, como bois e cavalos, além da capivara e outros mamíferos silvestres.
A transmissão, porém, só ocorre se o carrapato infectado morder a pessoa, não existindo transmissão de pessoa para a pessoa, segundo o Ministério da Saúde. Então se Douglas e Mariana foram infectados com essa doença, ambos podem ter sido picados pelo carrapato infectado. A doença, aliás, é caracterizada pelo conjunto repentino de sintomas, como febre alta, dores e manchas vermelhas em todo o corpo. A febre maculosa tem cura desde que antibióticos sejam aplicados nos primeiros dias dos sintomas.