Luta política é guerra sublimada. O que mantém as armas letais longe da sociedade é encenação. Não fosse por ela – principal instrumento desta batalha –, estaríamos em meio a um verdadeiro campo minado.

Como os tempos são outros, assistimos nossos guerrilheiros protagonizar um enorme espetáculo… Circense. Aqui, temos direito a eventos trágicos, aparentemente arriscados, a peripécias e a catarse geral do expectador.

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Quem roubou a cena nesta semana foi o presidente da Assembleia Legislativa e prefeito eleito em Catalão, deputado Jardel Sebba (PSDB). Depois da troca de tapas de egos com o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincon, eis que surge o esperado beijo.

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Jardel e seu grupo de “aliados” políticos alfinetaram, incansavelmente, Rincon. As divergências decorrem do conflito de interesses dentro do próprio governo que compõem. Uma faísca da guerra civil da gestão tucana.

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O secretário estampou páginas de jornais como ilustração prévia da reforma administrativa que, por sinal, não aconteceu – as informações eram de bastidores do governo estadual. Foi criticado por membros da administração e um dos principais alvos do fogo-amigo lançado de dentro do Palácio das Esmeraldas e regiões adjacentes.

O Beijo?

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O Projeto de Lei número 4337/2012, de autoria do presidente da Assembleia, apresentado na tarde de ontem, 13, visa nomear a rodovia estadual GO 020, que liga Goiânia a Bela Vista, de Jayme Rincon.

O ato é uma homenagem ao pai do presidente da Agetop, com o mesmo nome.

A ironia?

Está implícita na proposta. Quem pavimentou esta rodovia foi o ex-governador de Goiás Iris Rezende (PMDB), marido da deputada federal Iris Araújo (PMDB), que, ao responder a ataques de Rincon, deixou o secretário em situação constrangedora.

A homenagem de Jardel deixa margem para novas provocações ao secretário. Nas redes sociais, já começou: “Notícias do futuro: Jayme Rincon mata mais um ou morre mais um na Jayme Rincon. Rodovia Estadual em péssimas condições provoca novos acidentes”.

Nesse ritmo, não causará estranhamento ao secretário a entrega de um cavalo de madeira embrulhado para presente no Natal.

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