O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o a entrada de pessoas próximas a Jair Bolsonaro, como amigos e parentes, na casa onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, para a realização de um almoço de aniversário de 15 anos de Laura Bolsonaro, filha do ex-mandatário, neste sábado.
O ministro determinou que as visitas passem por uma vistoria dos policiais penais que fazem a vigilância da residência, inclusive “nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos” que saírem da residência após o término do evento.
Em prisão domiciliar desde 4 de agosto, em caráter preventivo, Bolsonaro só pode receber visitas autorizadas e mediante revistas.
Alexandre de Moraes atendeu parcialmente pedido de Bolsonaro
A defesa do ex-presidente tinha solicitado também que o maquiador Pablo Agustin, amigo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, pudesse se hospedar na residência entre os dias 17 e 19 de outubro, o que não foi atendido pelo ministro do STF. Agustin poderá ir à casa no mesmo horário dos demais visitantes, das 8h às 18h deste sábado.
Segundo a defesa, o almoço será um encontro de caráter estritamente pessoal e familiar, sem qualquer conotação política ou pública e “restrito ao círculo pessoal da família”.
Além do maquiador, Moraes autorizou o acesso à casa de Bolsonaro neste sábado, das 8h às 18h: da senadora Damares Alves (Republicanos-DF); do pastor e assessor de Damares Márcio Roberto Trapiá de Oliveira; da madrinha da aniversariante, Rosimary Cardoso Cordeiro. Também estão autorizadas os membros do grupo de oração que frequenta a casa de Bolsonaro: Aialla Rafaella Pedreira Oliveira; Lysa Evellyn Oliveira de Oliveira; Isa Emanuella Oliveira de Oliveira; Vânia Lúcia Ribeiro Rocha; e Rebeca Ribeiro Rocha.
O ministro autorizou ainda que menores de idade que são amigos da filha possam participar da confraternização.
Prisão na ação envolvendo Eduardo
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e o próprio Bolsonaro, foram investigados por atuarem junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo, entre elas, o cancelamento de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky ao próprio Alexandre de Moraes, familiares e outros ministros.
Os fatos foram assumidos pelo deputado em declarações que ele mesmo publicou. A atuação foi determinante para agravar a situação de Bolsonaro, que já estava inelegível e aguardando finalizar os recursos da ação penal sobre a trama golpista.
No mês passado, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão na ação penal por tentativa de golpe de Estado.
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