O ministro Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou, nesta segunda-feira (19), que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), tenha reivindicado a indicação do ministro da Saúde. De acordo com ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não colocará o Ministério da Sáude como cota de nenhum partido, portanto, indicações serão técnicas e Nísia Trindade permanece como titular da pasta.
De acordo com Padilha, a escolha de Lula por Nísia foi tomada com base no papel exercido por ela durante a pandemia. “Desde o começo, o presidente Lula tomou uma decisão sobre o Ministério da Saúde, sobretudo depois de toda a situação na pandemia, pela importância do tema da saúde, de querer indicar para o Ministério da Saúde um quadro da saúde pública. Escolheu uma mulher [Nísia Trindade], a primeira mulher que ocupa o Ministério da Saúde, escolheu a ex-presidente da Fiocruz, por todo o papel que ela teve durante a pandemia”, destacou o ministro.
Conforme o ministro, o governo Lula segue em tratativas de indicações para cargos. No momento, o presidente está conversando com partidos políticos da base aliada, principalmente o União Brasil. Segundo a Agência Brasil, nas últimas semanas, o nome da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, esteve em discussão.
A ministra entrou com pedido para sair do União Brasil e ir para o Republicanos sem perder o mandato. De acordo com Padilha, “não existe qualquer tipo de pressão” ou pedido para a demissão de Daniela Carneiro.
Além de Daniela, o União Brasil tem o comando de outros dois ministérios: o das Comunicações, com Juscelino Filho, e o da Integração Nacional, com Waldez Góes. Este seria um dos motivos para Lula manter a ministra no cargo.
Com efeito, Padilha assume que, no momento, mesmo com a recomposição das pastas, “não existe qualquer pressão, inclusive sobre a ministra Daniela Carneiro”. Para ele, é “absolutamente natural”, que o União Brasil, que indicou três nomes para o ministério, queira “rediscutir essa composição”, acrescentou o ministro.