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Ministro do TSE anula condenação de Bolsonaro, mas ex-presidente segue inelegível até 2030

Por 3 meses atrás

Em decisão assinada pelo ministro Raul Araújo, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve uma de suas condenações à inelegibilidade pelo uso indevido das comemorações do 7 de setembro de 2022 anuladas pelo tribunal. Porém, Bolsonaro segue inelegível até 2030 em função de outras duas condenações no TSE.

O ex-ministro Braga Netto candidato a vice na chapa, também recebeu anulação de sua condenação. O ministro Araújo em seu despacho entendeu que ambos foram condenados antecipadamente pelo ex-ministro Benedito Gonçalves. Segundo o ministro, o magistrado se baseou na primeira condenação dos acusados para justificar uma nova decisão.

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Tampouco se afigura correta a solução adotada na decisão agravada, de promover o julgamento antecipado do mérito em relação a apenas 2 dos investigados tomando por base os fatos já esclarecidos nas ações conexas, sob pena de afronta à ampla defesa e ao contraditório, já que a instrução da presente ação envolveu mais testemunhas, mais documentos e mais investigados, sem que se tenha dado oportunidade de produção probatória pelos investigados Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto.

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Anotou Araújo em seu despacho

Outras condenações de Bolsonaro

A 1ª condenação de Bolsonaro se deu em junho de 2023, quando o ex-presidente foi derrotado por 5 votos a 2 pela reunião realizada com embaixadores, no Palácio da Alvorada, em Brasília, para atacar o sistema eletrônico de votação. Já em outubro, Bolsonaro e Braga Netto foram condenados pelo plenário do tribunal à inelegibilidade por 8 anos pelo uso eleitoral das comemorações de 7 de Setembro de 2022.

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Na época, a poucos dias de terminar seu mandato como corregedor-geral Eleitoral no TSE, Benedito Gonçalves aplicou o entendimento do plenário em análise anterior envolvendo os mesmos fatos. Ele afirmou que, após o julgamento, ficaram “comprovadas” as condutas abusivas de ambos nas comemorações do Bicentenário da Independência.

O ministro decidiu antecipar a condenação de Bolsonaro e Braga Netto afirmando terem ficado “comprovadas” as condutas abusivas de ambos nas comemorações do Bicentenário da Independência”.

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Também votaram pelas condenações os ministros Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Os ministros Raul Araújo e Nunes Marques votaram pela rejeição das acusações.

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019