Na Cúpula Global de Preparação para Pandemias, evento que reuniu especialistas de várias partes do mundo, realizado no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o Brasil estará preparado para enfrentamento de futuras pandemias. De acordo com a titular da Saúde, a preparação coletiva junto a outros países é importante, visto que a “próxima pandemia pode vir de qualquer lugar”.

O encontro internacional sediado no Brasil funciona como uma troca de experiências sobre enfrentamento de doenças que podem ser alastrar, como a Covid-19, em 2020. No evento, foi firmada a Missão de 100 Dias, em que são considerados esforços para desenvolver, produzir e distribuir vacinas e tratamentos mundialmente dentro do prazo de cem dias.

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A presidente da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), Jane Halton, explicou que a Missão dos 100 Dias não é apenas uma questão de velocidade na resposta. Inclui também equidade na disponibilização dos recursos. “É sobre proteger todas as pessoas de novas doenças antes que tenham as vidas delas e de familiares destruídas”, destacou.

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Conforme Nísia, o país tem plenas capacidades para cumprir a Missão dos 100 Dias. “Sem dúvida o Brasil tem condições de adotar esse objetivo. O Brasil é parte desse esforço e nós retomamos uma agenda que as instituições de pesquisas científicas levantaram com muita força”, disse a ministra.

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A ministra lembrou que o país agora conta com o Complexo Econômico Industrial da Saúde, um conjunto de investimentos que incentivam a produção de medicamentos, insumos e vacinas, parte da Nova Indústria Brasil, política industrial do governo federal. Para Nísia, o preparo para o enfrentamento de futuras pandemias deve é uma política de Estado, e não apenas de governo.

Produção nacional de vacinas

Na Cúpula também foi anunciada uma parceria da Cepi com a Fiocruz para a produção de vacinas que poderão ser distribuídas para países da América Latina, em caso de nova pandemia. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, ressaltou que o acordo é parte de um esforço mundial para “um mundo mais equilibrado no acesso a vacinas”. “Não há condição de apenas os países do Norte produzirem vacina para o mundo. Não deu certo na [pandemia de] covid-19. Então a ideia é também incluir país do Sul Global, onde a Fiocruz terá destaque nisso”, declarou.

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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pontuou que uma próxima pandemia “não é questão de se, mas de quando”. Ele manifestou o desejo de que não sejam repetidos erros cometidos na pandemia de covid-19. O encontro da Cúpula Global de Preparação para Pandemias termina na terça-feira (30).

Com informações da Agência Brasil

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