O ex-presidente do DEM (atualmente União Brasil), Carlos César Savastano Toledo, mais conhecido como Cacai Toledo, voltou a enfrentar incertezas sobre seu futuro nesta quinta-feira (19). Investigado por ser o suposto mandante do assassinato do empresário Fábio Escobar, que o denunciou por corrupção, Toledo foi detido pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) em junho de 2023 e liberado pela Justiça no último dia 11 de dezembro. No entanto, o Ministério Público de Goiás (MPGO) recorreu da decisão que revogou sua prisão preventiva, buscando reverter a soltura.
O MPGO, ao interpor o recurso, destaca a gravidade dos fatos e a necessidade de manter a prisão preventiva, não apenas de Toledo, mas também dos outros envolvidos no crime, ocorrido em Anápolis. Segundo os promotores, a manutenção da prisão é essencial para garantir a ordem pública, uma vez que os denunciados são suspeitos de estarem envolvidos em homicídios em série, com o intuito de encobrir crimes anteriores. Na petição enviada na terça-feira (17) consta que:
É inquestionável a necessidade da segregação cautelar do réu, a fim de se tutelar a garantia da ordem pública, tendo em vista a gravidade concreta da conduta.
O MPGO também aponta que Toledo permaneceu foragido por sete meses após a decretação de sua prisão preventiva, sendo capturado somente em junho deste ano. Além disso, o MPGO destaca que a maioria dos denunciados são policiais militares, o que torna os crimes ainda mais graves, pois os acusados teriam abusado de sua posição para cometer os delitos.
As investigações apontaram que os denunciados são suspeitos de estarem envolvidos na prática de oito homicídios, ocorridos em quatro ocasiões distintas. Os recursos foram apresentados de forma conjunta pela 7ª Promotoria de Justiça de Anápolis, pelo Grupo de Atuação Especial no Controle Externo da Atividade Policial e Segurança Pública (Gaesp) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante foi morto no dia 23 de junho de 2021, após desavenças com Cacai Toledo, por conta de denúncias de desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018, de acordo com informações da Polícia Civil (PC).