As doses da vacina contra a dengue que não foram aplicadas serão redistribuídas pelo Ministério da Saúde (MS) a outros municípios que decretaram situação de emergência por conta da doença. Em Goiás, do dia 15 de fevereiro, data de início da campanha de vacinação em crianças e adolescentes, até o dia 13 de março, das 158.505 doses recebidas pela Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), apenas 56.185 foram aplicadas.
Conforme a ministra da Saúde, Nísia Trindade, um rankeamento dos municípios que decretaram emergência em saúde será feito para a redistribuição das doses que sobraram, mas o processo ainda está em fase de planejamento. “Isso não vai ser detalhado hoje. Está em processo, tem que ser feito de forma muito cuidadosa”, completou a ministra durante coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (20).
Mesmo com a ampliação da faixa etária do público-alvo, de 10 a 11 anos, para adolescentes de até 14 anos, a procura continuou baixa em Goiás. Em quase um mês de campanha, somente 35,4% das doses recebidas para atender a aplicação de crianças e adolescentes na faixa estimada foram aplicadas, abaixo da cobertura esperada.
Ampliação para mais municípios
Nísia ressaltou que o MS poderia utilizar diversos critérios no momento de redistribuir as doses contra a dengue, entre eles, aumentar novamente a faixa etária a ser imunizada na rede pública, atualmente definida entre 10 e 14 anos. No entanto, a melhor forma escolhida pelas autoridades de saúde foi estender a cobertura vacinal para outros locais. “O critério adotado, pela questão de saúde pública que nós vivemos, é ampliar para municípios”, explicou.
Ao todo, 134 municípios de nove regionais de saúde de Goiás já foram abastecidos com os imunizantes pelo Ministério da Saúde. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos nestas 134 cidades é de 398.946.
Os municípios goianos que receberam as primeiras doses da vacina da dengue foram escolhidos conforme os critérios especificados pelo MS: cidades com mais de 100 mil habitantes e que possuem alta
transmissão de dengue; maior número de casos em 2023 e 2024; e predominância do sorotipo 2 da doença no final do ano passado.
Com informações da Agência Brasil
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