O governo apontou que cerca de 32,9 milhões de CPFs estão aptos a participarem no programa, seguindo os critérios de renda e limite de dívidas
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira (4) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que cerca de 76,6% das famílias brasileiras estão endividadas. Mesmo em trajetória de queda, pelo quinto mês consecutivo, o número de pessoas com dívidas a vencer em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e da casa é bastante significativo.
Ainda conforme a CNC, o percentual de endividados referente ao mês de novembro teve um recuo de 0,5% em relação ao mês anterior. Nesse sentido, a sensação de melhora econômica do país pode estar associada a queda, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. “O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes”, comentou.
A pesquisa da CNC apontou que o índice de inadimplência também apresentou queda em novembro, se comparada com o mês anterior, indo de 29,7%, em outubro, para 29%. Entre as faixas de renda, a que teve maior alta do volume de pessoas endividadas foi a de renda média, que recebe entre cinco e dez salários mínimos.
As famílias de renda média também registraram a quarta elevação seguida de dívidas em atraso, chegando a 24,2%. O maior percentual de dívidas em atraso ficou com os consumidores de baixa renda, de até três salários mínimos, com 36,6%. Com efeito, o cartão de crédito ainda é o mais usado pelos endividados, e atingiu 87,7% do total de devedores.
Com informações da Agência Brasil