Apesar da aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ainda há dúvidas sobre os rumos que os diretórios locais vão tomar em relação à federação formada pelo PT, PCdoB e PV. O presidente do Partido Verde em Goiás, Cristiano Cunha, por exemplo, afirma que a legenda que comanda permanecerá na base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) até a segunda ordem e aguarda a orientação da executiva nacional da agremiação para dizer o que deverá ser feito. Na prática, há um certo clima de insatisfação no ar.

“É uma questão nova essa questão da federação que foi aprovada agora pelo TSE e agora é aguardar. Aguardar que o que a nacional vai orientar os estados. Vamos aguardar. Eu continuo com o governador e estou aguardando a decisão da nacional”, destacou ao Diário de Goiás nesta quarta-feira (25/04). Com o embarque a federação e ao plano nacional de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua pré-candidatura, o partido inevitavelmente deixaria a base do governador Ronaldo Caiado.

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Questionado se as arestas com os outros partidos da federação foram resolvidas, já que Cristiano havia reclamado em entrevista ao Diário de Goiás sobre falta de diálogo do PT com as outras agremiações, o presidente destacou que da mesma forma como a sigla petista tinha seu cronograma próprio, o PV também aguarda as deliberações para tomar seus rumos. “Apesar da formalização da federação, o PT fez o calendário deles. Vamos ter que aguardar para ver o que a direção nacional do partido vai falar. Estávamos aguardando a homologação da federação para também definir quais seriam os rumos”, pontuou.

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Primeira federação aprovada para as eleições

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Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconheceu nesta terça-feira (24/05), a primeira federação partidária do País. Os ministros chancelaram a aglutinação do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e do Partido Verde (PV) na chamada “Federação Brasil da Esperança”.

As federações são uma novidade na forma de organização dos partidos e foram criadas com a reforma eleitoral aprovada no ano passado pelo Congresso. A principal inovação é a exigência de uma atuação conjunta das legendas em torno de um programa comum, como se fossem uma só sigla, por no mínimo quatro anos.

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