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Notícias do Estado
| Em 1 ano atrás

Mês de novembro e o ano de 2023 já são os períodos mais quentes da história do planeta

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Novembro foi o mês mais quente já registrado na história do planeta Terra, segundo o observatório europeu Copernicus Climate Change Service. O observatório divulgou nesta quarta-feira que a temperatura média da superfície em novembro foi de 14,22°C, cerca de 0,85°C acima da média do período de 1991 a 2020. Com isso, 2023 se consolida como o ano mais quente da história.

“As temperaturas extraordinárias de novembro em todo o mundo, incluindo dois dias mais quentes do que 2ºC acima [da média de temperatura] do período pré-industrial, significam que 2023 é o ano mais quente da história”, disse a diretora-adjunta do Copernicus Climate Change Service, Samantha Burgess.

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Segundo informações do Programa Copernicus, de modo geral, nesse ano de 2023, as temperaturas do ar estiveram acima da média em grande parte dos oceanos, e isso tem gerado impactos severos, como por exemplo, as temperaturas mais elevadas em grande parte da Antártica, deixando a cobertura de gelo marinho muito abaixo do normal.

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Influência da mudança climática

De acordo com o relatório da da Climate Central, o El Niño, juntamente com outros fatores, provavelmente teve influência no aumento das temperaturas nos últimos 12 meses, mas muito pequena em comparação com a influência das emissões de gases de efeito estufa causadas pelo homem.

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Um outro estudo, realizado pela World Weather Attribution (WWA, já havia indicado que as mudanças climáticas provocadas pela ação humana são a causa mais provável para explicar a onda de calor registrada no Brasil e em outros países da América Latina, entre agosto e setembro deste ano.

É possível reverter?

No último ​​Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU) foi revelado que o mundo tem apenas três anos para evitar que os impactos negativos sejam irreversíveis.

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Segundo relatório divulgado pela ONU para que haja uma chance de apenas 50% de estabilizar o aquecimento global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais – índice que foi definido pelo Acordo de Paris –, as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) precisam atingir o seu pico até 2025 e cair 43% até 2030.

O documento ainda aponta que a humanidade, na verdade, não está se esforçando o suficiente para minimizar esses impactos e que a redução da produção de poluentes, como o gás carbônico, precisaria ser ao menos 25 vezes maior para haver alguma mudança real nesse cenário.

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019