Novo presidente eleito da Argentina neste domingo (19), Javier Milei já começou a se mover e anunciar o que estava planejado para se ganhasse as eleições. Uma de suas ações é a formação de sua equipe ministerial e, em entrevistas na manhã desta segunda (20), Milei afirmou que, além de privatizar “tudo o que possa estar nas mãos do setor privado”, fechará o Banco Central e cortará os atuais 18 ministérios para apenas 8, extinguindo pastas como Cultura, Mulheres e Ciência e Tecnologia.
A escolha mais esperada do novo governo, no entanto, é o cargo de ministro da Economia, a principal pasta num país em crise econômica crônica e 143% de inflação anual. O profissional indicado terá a missão tentar arrumar estes graves problemas da Argentina, segunda maior potência econômica da América do Sul, e colocar em prática a promessa de dolarização feita por Milei.
Dentre os ministérios que ficam, e que já há nomes para ocupá-los, há da Justiça e a Anses (Administração Nacional da Segurança Social). Serão, respectivamente, do advogado de perfil midiático Mariano Cúneo Libarona, e a deputada Carolina Píparo.
Há também o ministério dos Interiores, que deve ficar com Guillermo Francos, que era representante da Argentina no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) até dois meses atrás e também já foi presidente do banco público Província em gestões peronistas.
As outras pastas que continuam na Argentina de Javier Milei são as da Segurança, Defesa, Relações Exteriores e Infraestrutura.
Vale lembrar que Milei provavelmente não terá tanta dificuldade em cumprir suas promessas, por mais extremas, ruins ou boas que sejam, já que na nova legislatura eleita, a sigla dele se tornará a terceira maior bancada do Congresso, atrás da coligação peronista de Sergio Massa, que conta com 108 cadeiras da Câmara, e da coalizão de centro-direita representada no primeiro turno pela ex-ministra Patricia Bullrich, que ficou com 93 deputados.
Além disso, somados, os partidos de oposição ao peronismo (Liberdade Avança e Juntos pela Mudança) têm mais deputados do que a bancada do União pela Pátria.
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