07 de setembro de 2024
Cidades

Médicos rejeitam acordo com a Prefeitura de Goiânia; movimento de faltas deve continuar nesta sexta (31)

Após uma tarde de negociação no Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), seguida de assembleia geral realizada na noite de ontem (30), o Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego) não aceitou acordo com a Prefeitura de Goiânia e os associados devem continuar o movimento contra o novo contrato para temporários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Segundo informações do jornal O Popular, cerca de 150 profissionais estiveram na reunião da categoria e a ampla maioria decidiu pelo não. Os médicos querem a prorrogação dos atuais contratos, que vencem nesta sexta-feira (31), além de mudanças na carga horária.

Durante a reunião no MPGO, com representantes da SMS, do Simego e mediada pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional de Saúde, Eduardo Silva Prego, havia sido acordado que a Secretaria faria uma consulta formal ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) sobre a possibilidade de credenciamento de médicos que já possuam vínculos de caráter efetivo com o município para a prestação complementar de serviços públicos de saúde e ainda da possibilidade de cumprimento dos contratos que estão em vigor até seu término.

Já que de acordo com o novo edital de chamamento para credenciamento de médicos, não seria permitido o acúmulo de contratos efetivos e temporários. Também ficou decidido no encontro, que os contratos de credenciamento já firmados por médicos efetivos seriam mantidos até o prazo de validade, ou até a resposta da consulta no TCM.

Desde a semana passada, médicos temporários, também chamados de credenciados, começaram a faltar plantões em Cais e Upas, por discordarem dos novos contratos da SMS ou por terem interpretado que já haviam sido demitidos. O movimento de falta continuou ontem e deve continuar nesta sexta-feira (31), quando acabam mais de 400 contratos temporários.

De acordo com o presidente do Simego, Rafael Cardoso, os médicos querem que a SMS melhore o texto do contrato para assegurar os direitos dos profissionais. Segundo ele, é necessário que se esclareça alguns pontos do documento, como as 20h do regime de urgência e multas por faltas injustificadas. De acordo com Rafael, assim como os médicos tem obrigações a cumprir, a SMS também deve ter. A categoria exige que o contrato estabeleça uma data de pagamento dos servidores, com punição para a SMS, caso o salário atrase.

“No contrato, eles dizem que nós precisamos exercer a boa medicina, mas primeiro, nós precisamos ter condições para exercer a boa medicina”, disse Rafael Cardoso. 


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