Publicidade

Maternidades param de atender de novo por falta de pagamento pela Prefeitura de Goiânia

Por 3 horas atrás

A falta de pagamento por serviços ambulatoriais e eletivos por parte da Prefeitura gerou nova suspensão no atendimento das três maternidades municipais de Goiânia. A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), que faz a gestão das maternidades, anunciou a suspensão dos serviços “por irregularidade e insuficiência de repasses financeiros pela Prefeitura de Goiânia”.

Apenas atendimentos de urgência e emergência estão sendo realizados na Maternidade Dona Iris, Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara e Maternidade Nascer Cidadão. Há, ainda, limitação de internações e a possibilidade de transferência de pacientes para outras unidades por meio da Central de Regulação do município.

Publicidade

Conforme uma nota à imprensa, na última semana a Fundahc/UFG recebeu um valor que foi direcionado ao pagamento dos salários e férias dos colaboradores e a algumas notas fiscais a receber de fornecedores que tinham notificações emitidas à Fundação. Contudo, justifica a fundação, não foram incluídos neste repasse pessoas jurídicas (PJs) dos médicos e outros PJs “que têm a receber diversos meses de serviços prestados”.

Publicidade

“A diretoria executiva da Fundahc/UFG tem colocado sistematicamente à gestão do município a necessidade urgente de regularização dos repasses conforme firmado nos convênios, e tem solicitado uma definição pelo gestor diante da grave situação. Essa condição tem desabastecido os estoques de insumos básicos ao trabalho diário, bem como os serviços de manutenção predial e calibração de equipamentos”, apelou a gestora.

Publicidade

A Fundahc/UFG reforça que, mesmo com o impacto negativo para a população assistida, a paralisação dos atendimentos eletivos segue mantida para garantir a segurança de pacientes e profissionais. “Reiteramos, ainda, a manutenção do diálogo contínuo com as autoridades competentes em busca de uma solução definitiva”.

Nesta quarta, o prefeito Rogério Cruz comentou rapidamente a situação da falta de repasses durante entrevista sobre a campanha para reeleição.  Ele disse que o problema não é novo e “vem de gestões passadas”. Também reclamou de críticas citando a situação dos atrasos frente aos compromissos com as maternidades. “É a coisa mais fácil ser oposição e criticar”, pontuou.

Publicidade

Por outro lado, o prefeito não informou quando os repasses devidos à Fundahc serão normalizados. A reportagem do Diário de Goiás solicitou um posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde, mas não houve resposta até esta publicação.

Publicidade
Compartilhar
Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.