11 de setembro de 2024
CRISE RECORRENTE • atualizado em 11/09/2024 às 17:30

Maternidades param de atender de novo por falta de pagamento pela Prefeitura de Goiânia

Só urgência e emergência estão sendo prestados nas três maternidades públicas; internações foram limitadas e podem ocorrer transferências de pacientes
Maternidade Nascer Cidadão é uma das afetadas pelo atraso nos repasses - Foto: Prefeitura de Goiânia
Maternidade Nascer Cidadão é uma das afetadas pelo atraso nos repasses - Foto: Prefeitura de Goiânia

A falta de pagamento por serviços ambulatoriais e eletivos por parte da Prefeitura gerou nova suspensão no atendimento das três maternidades municipais de Goiânia. A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG), que faz a gestão das maternidades, anunciou a suspensão dos serviços “por irregularidade e insuficiência de repasses financeiros pela Prefeitura de Goiânia”.

Apenas atendimentos de urgência e emergência estão sendo realizados na Maternidade Dona Iris, Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara e Maternidade Nascer Cidadão. Há, ainda, limitação de internações e a possibilidade de transferência de pacientes para outras unidades por meio da Central de Regulação do município.

Conforme uma nota à imprensa, na última semana a Fundahc/UFG recebeu um valor que foi direcionado ao pagamento dos salários e férias dos colaboradores e a algumas notas fiscais a receber de fornecedores que tinham notificações emitidas à Fundação. Contudo, justifica a fundação, não foram incluídos neste repasse pessoas jurídicas (PJs) dos médicos e outros PJs “que têm a receber diversos meses de serviços prestados”.

“A diretoria executiva da Fundahc/UFG tem colocado sistematicamente à gestão do município a necessidade urgente de regularização dos repasses conforme firmado nos convênios, e tem solicitado uma definição pelo gestor diante da grave situação. Essa condição tem desabastecido os estoques de insumos básicos ao trabalho diário, bem como os serviços de manutenção predial e calibração de equipamentos”, apelou a gestora.

A Fundahc/UFG reforça que, mesmo com o impacto negativo para a população assistida, a paralisação dos atendimentos eletivos segue mantida para garantir a segurança de pacientes e profissionais. “Reiteramos, ainda, a manutenção do diálogo contínuo com as autoridades competentes em busca de uma solução definitiva”.

Nesta quarta, o prefeito Rogério Cruz comentou rapidamente a situação da falta de repasses durante entrevista sobre a campanha para reeleição.  Ele disse que o problema não é novo e “vem de gestões passadas”. Também reclamou de críticas citando a situação dos atrasos frente aos compromissos com as maternidades. “É a coisa mais fácil ser oposição e criticar”, pontuou.

Por outro lado, o prefeito não informou quando os repasses devidos à Fundahc serão normalizados. A reportagem do Diário de Goiás solicitou um posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde, mas não houve resposta até esta publicação.


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