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Categorias: Leandro Mazzini
| Em 10 anos atrás

Marta Suplicy e o PMDB

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Com a metralhadora giratória verbal na ativa, com o PT como alvo, a senadora e ex-ministra Marta Suplicy está a um passo de se filiar ao PMDB para se lançar candidata à Prefeitura de São Paulo ano que vem. Convites sobram de outros partidos da base e oposição ao governo. Ela ainda não decidiu.

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O convite do PMDB partiu da direção regional do partido, embora às claras não tenha o aval do vice-presidente da República – e manda-chuva do PMDB – Michel Temer, aliadíssimo do PT e da presidente Dilma, os alvos figadais de Marta.

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Revoltada com a atual situação do PT (em especial no noticiário negativo e nos desmandos do governo), a ex-prefeita paulistana, ao mirar a legenda que ajudou a fundar e ainda a acolhe, dá sinais de que a insatisfação é apenas o passo inicial para a debandada de seu pequeno séquito para outro partido. E que, alijada do governo Dilma, é capaz hoje de trilhar sozinha seu caminho sem as bênçãos do PT e do ex-presidente Lula, a quem admira e defende, conforme entrevista recente ao Estadão.

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Ex-prefeita de São Paulo não reeleita, Marta tem um significativo potencial de votos na capital paulista, o mesmo que a levou ao Senado Federal em 2010. Tem pouco a perder: seu mandato eletivo na Casa Alta vai até 2019, e uma vez candidata, independentemente do partido, mesmo que eventualmente não vença a eleição, ela mantém o nome na vitrine no maior PIB brasileiro e no mais importante reduto eleitoral do País.

Mas uma recente movimentação política na capital, que envolve especialmente o PMDB, pode ser um entrave num eventual projeto de Marta se filiar ao PMDB e se candidatar. Gabriel Chalita, o quadro mais provável do PMDB para uma candidatura municipal, aliou-se ao prefeito Fernando Haddad (PT) como secretário de Educação. Os sinais são claros: É incoerente um secretário recém-empossado e a um ano da eleição se lançar contra o atual prefeito. O próximo ano pode evidenciar outro pré-acordo: Chalita é potencial candidato a vice na chapa de reeleição de Haddad, o que, obviamente, inviabilizaria uma candidatura de Marta.

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Os próximos meses mostrarão quando Marta vai se desarmar, parar de atirar e concentrar-se num projeto político pessoal, independentemente do partido que escolher. Sua saída do PT é considerada inevitável por suas recentes declarações. 

Procurada através de sua assessoria, Marta não se pronunciou.

O Caso Alírio

Já está na mesa do juiz o processo tramitado na 5ª Vara Fazendária em que o MP do Distrito Federal denuncia um deputado, o presidente da OAB local e a esposa do ministro do STF Dias Toffoli por um prejuízo de R$ 25 milhões, em valores de hoje.

São réus na ação o deputado distrital Alírio Neto, o presidente da OAB Ibañeis Rocha, e a procuradora da Câmara Legislativa do DF Roberta Maria Rangel, entre outros.

O MP viu irregularidades no pagamento de juros e correção monetária a “centenas de servidores, ex-servidores e pensionistas” da Câmara Legislativa, referentes a perdas salariais na conversão do URV para o Real em 1994. A Câmara desembolsou pagamentos em 2008 aos servidores após pleito da Associação dos Servidores da Câmara – a ASSECAM. Foi na gestão de Alírio, com parecer da procuradora e o advogado da ASSECAM era o agora presidente da OAB, que foi remunerado em mais de R$ 3,3 milhões.

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