22 de novembro de 2024
Entrevista • atualizado em 02/02/2023 às 14:43

Marcos do Val recua sobre renúncia ao cargo de senador e diz ser vítima de perseguição

Segundo o senador desde 2019 se desloca com segurança reforçada por receio a ameaças de morte que recebe
Senador diz ser vítima de perseguição. (Foto: Senado Federal).
Senador diz ser vítima de perseguição. (Foto: Senado Federal).

Após um longo desabafo nas redes sociais durante a madrugada desta quinta-feira (2), o senador Marcos do Val (Podemos-ES), recuou e disse, em entrevista a Globo News ainda nesta manhã, que não se decidiu se vai deixar o mandato como havia anunciado em live. Além disso o senador afirmou que é vítima de perseguição.

“A decisão não foi tomada ainda. Eu recebi ligação do Eduardo Bolsonaro, do Flávio Bolsonaro, do (Davi) Alcolumbre, do (Rodrigo) Pacheco, do Weverton, do (Sergio) Moro, da Elizane (Gama). Todo mundo dizendo senador não saia”, disse.

Do Val foi bastante criticado por parlamentares bolsonaristas que apoiaram a candidatura de Rogério Marinho à presidência do Senado Federal, após ele ter abraçado o senador Rodrigo Pacheco que foi reeleito presidente da Casa na tarde desta quarta-feira (1º). Do Val foi chamado de traidor por parlamentares.

Ainda em entrevista a Globo News, o senador disse que um dos fatores que o levou a comentar sobre o possível afastamento da política, além de usar ameaças de morte que recebe como argumento, foi também o diálogo presenciado por Jair Bolsonaro (PL), logo após as Eleições 2022, onde o senador afirma que o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), preso na manhã desta quinta-feira (2), propôs gravar sem autorização uma conversa que comprometesse o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Segundo o senador, a intenção de Daniel Silveira, envolvia não desmobilizar os acampamentos golpistas. A escuta de Moraes se daria com uma equipe de suporte e seria uma tentativa de mostrar frases de que o ministro estaria ultrapassando as linhas da Constituição Federal. Portanto, Moraes autorizou que do Val seja também ouvido no inquérito que apura atos golpistas.


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