Como de costume, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), articula nos bastidores políticos da Capital a indicação de um nome para disputar a presidência da Mesa Diretora na Câmara Municipal. O escolhido, a priori, é o vereador Virmondes Cruvinel (PSD). Um nome forte que pode fazer de Paulo Garcia (PT) refém da própria administração – e do jogo dúbio marconista com os petistas e o governo Dilma.
Além de sair do pleito deste ano com a maior votação entre os vereadores, o pessedista tem apoio dos ‘independentes’, como o próprio traduz. Em seus cálculos, 17 votos estão garantidos. “Conto com o apoio dos partidos da oposição e dos partidos independentes. Até agora, no mínimo 17 nomes são favoráveis à minha postulação. Acredito que é possível vencer a disputa “, disse ele ao DG na manhã de quarta-feira, 27.
Seu adversário será Clécio Alves (PMDB), o escolhido pela base do prefeito e por Iris Rezende. O peemedebista, até o momento, conta com 11 votos pré-declarados e outros cinco confidenciais. Sem fugir à regra, a disputa promete grandes conturbações.
Com Virmondes na presidência, Paulo dependeria de um membro da oposição para aprovação dos projetos. Uma gestão controlada. Travada.
E não para por aqui.
O acaso agravou ainda mais a situação. Atualmente, o responsável pela análise das contas da Prefeitura de Goiânia no Tribunal de Contas dos Municípios é Virmondes Cruvinel (pai).
Ou seja: Marconi Perillo, (in)diretamente terá em suas mãos o andamento da gestão petista.
Entre os vereadores e secretários municipais, o que há é preocupação. Paulo Borges (PMDB) garante maturidade para lidar com o processo. Ou estão maduros, ou…