O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, marcou para os próximos dias 24, 26 e 31 o julgamento das ações que podem manter o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível. Desta vez, os ministros apuram as condutas de Bolsonaro nos atos de 7 de setembro de 2022, quando foi comemorado o Bicentenário da Independência, em eventos em Brasília e no Rio.
Caso Bolsonaro seja condenado neste caso, ele pode ficar inelegível por até oito anos, pena que já foi aplicada a ele em junho, por ataques contra o sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores. Vale lembrar, porém, que uma eventual nova condenação resultaria na mesma pena, pelo mesmo período, e não na soma das penas já atribuídas anteriormente.
Sobre o motivo da ação, o ex-presidente é acusado de, no feriado de 7 de setembro do ano passado, em meio à campanha eleitoral, Bolsonaro, após o evento oficial em Brasília, seguir em direção a um trio elétrico que o aguardava a poucos metros de distância, atraindo o mesmo público para um comício eleitoral.
No mesmo dia, Bolsonaro então presidente da República, seguiu para o Rio de Janeiro e participou de um terceiro evento, discursando em palanque montado na Praia de Copacabana. Logo, o ex-presidente é acusado de abuso do poder político por ter usado eventos oficiais do Sete de Setembro do ano passado para divulgar a candidatura à reeleição.