O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) subiu à tribuna e pediu calma aos manifestantes que protestavam contra a taxa do agro que estava na pauta do dia desta terça-feira (22/11) na Assembleia Legislativa. Eles chegaram a quebrar vidros e uma parte da bancada do prédio.

“Deixa eu só pedir para vocês. Vidros quebrados, quebraram uma bancada, é perigoso. Um vidro desse, alguém cair e se machucar”, solicitou aos manifestantes após dizer que a sessão poderia ser retomada. “Quero pedir a vocês que se manifestem, mas façam isso sem baderna. Nós somos bolsonaristas, a maioria desta casa. E nós não protestamos dessa forma. Não é assim que protestamos. Aprendemos assim com nosso presidente”, pontuou.

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A sessão foi encerrada após a invasão dos produtores rurais à Casa. O tumulto aconteceu após os deputados rejeitarem com 22 votos um requerimento apresentado pelo deputado estadual Delegado Eduardo Prado (PL) solicitando a retirada das matérias relacionadas à taxa do agro da pauta do dia. Lissauer chegou a apreciar o pedido mas não poderia providenciar as retiradas por conta da solicitação não ter sido feita com 24 horas de antecedência.

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Como democrata, no entanto, disse que iria submeter o requerimento aos parlamentares. A maioria, rejeitou e os manifestantes ficaram inflamados. Os seguranças bem que tentaram evitar a entrada, mas não foi possível. Todos entraram no plenário forçando inicialmente, a suspensão da sessão.

Com os ânimos exaltados, momentos depois, Lissauer encerrou a sessão que deverá ser retomada com os projetos nesta quarta-feira (23/11). O deputado estadual, Paulo Trabalho (PL) um dos autores do requerimento chegou a elogiar a invasão.

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“Eu acho que o povo está tentando equilibrar a democracia. Quando um governo coage os deputados até contrário a vontade dos próprios não respeitando um setor tão importante como agronegócio que se sente traído, neste momento, o povo equilibra o processo porque não aceita mais, goela abaixo tudo que se impõe a ela”, disparou ao que chamou o movimento de “despertar do povo”. “Meus parabéns a eles!”, salientou.

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