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| Em 4 anos atrás

Mais de meio milhão de mulheres sofreram violência em Goiás no ano de 2019, de acordo com o IBGE

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (7) o resultado da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em parceria com o Ministério da Saúde, no ano de 2019. Um dado que chamou a atenção é com relação à agressão psicológica, física ou sexual, onde de 928 mil pessoas acima de 18 anos estimadas no Estado de Goiás, o percentual de mulheres foi de 19,4%, o que equivale ao número de 531 mil.

A pesquisa foi finalizada em julho de 2019, em todo o País, e tem como referência os últimos 12 meses anteriores às entrevistas. “Visitamos os domicílios do Brasil todo, em regiões urbanas e rurais e os nossos dados mostram que esses tipos de violência, infelizmente, representam um problema mundial”, afirma o chefe do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira. “A violência psicológica é a mais sofrida pelas mulheres aqui no Estado de Goiás e também no Brasil”, ressalta.

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Imagem: Reprodução/Informativo IBGE

A análise aponta que 520 mil mulheres (19,0%) sofreram violência psicológica e 204 mil (7,4%), sexual. Com relação ao sexo masculino, os valores foram de 363 mil (14,5%) e 75 mil (3,0%), respectivamente. Apenas a violência física foi predominante para o gênero masculino, onde 118 mil (4,7%) disseram ter sofrido violência física, contra 98 mil mulheres (3,6%).

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Imagem: Reprodução/Informativo IBGE

“A maioria sofre violência de pessoas conhecidas. São pessoas que conhecem essas mulheres, então a indicação é de que se trata de violência doméstica”, ponderou o representante do Instituto, com a ressalva de que várias das entrevistadas relataram terem deixado de realizar atividades habituais, em decorrência da violência sofrida. “Quando se fala de violência psicológica, é alguma coisa que não deixa rastros do ponto de vista físico. Mas do ponto de vista psicológico, sim, a pessoa fica muito abalada”, explica.

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Outro dado importante é com relação à cor e raça que, de acordo com Edson Vieira, há predominância maior de violência contra mulheres pardas (18%) e com renda financeira menor (24% para pessoas sem rendimento até ¼ do salário mínimo. “Esse tipo de violência é mais comum nas mulheres que se declaram pretas e pardas, do que nas mulheres que se declaram brancas. Tem uma prevalência maior, também, desse tipo de violência para as pessoas que têm o rendimento mais baixo, do que para as pessoas que têm rendimentos mais elevados”, destacou.

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