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Chegou a hora de Goiás receber uma importante competição esportiva de ciclismo do Brasil. Ao longo de todo o final de semana, Senador Canedo receberá o Campeonato Brasileiro de Ciclismo de Estrada. Mais de 750 atletas de todo o Brasil divididos em categorias que vão da categoria sub-30 (aqueles que possuem entre 23 e 30 anos) e Masters disputaram os primeiros lugares em terras canedenses. No total, são 12 categorias diferentes. Apesar das tentativas de realizar o evento em Goiânia e Aparecida de Goiânia, que acabaram não entrando em acordo com a organização da competição, foi Senador Canedo quem deu apoio para a montagem do circuito de rua que terá 14km de percurso. “Essa é uma das exigências da Confederação Brasileira de Ciclismo”, explica Janildes Fernandes, presidente da Federação Goiana de Ciclismo e uma das principais responsáveis pela organização do evento em terras goianas.
O evento acontecerá entre a Avenida dos Eucaliptos e a Avenida Cidade Alpha, em frente ao Condomínio Terras Alpha e começará na quinta-feira (25/07), onde haverá um Congresso entre os atletas em que ocorrerá a abertura formal da competição e os ciclistas poderão fazer o reconhecimento do trajeto. Na sexta-feira (26) haverá a etapa do Campeonato Brasileiro de Estradas contra o relógio. Neste dia, como as provas são mais rápidas, todas as categorias realizam o percurso, onde já saem os campeões. No restante dos outros dias é realizado a etapa de resistência do campeonato. “Aí, já é necessário dividir as categorias. O percurso varia de acordo com a categoria que o atleta está inscrito”, explica Fernandes.
Para a competição ser justa, os atletas têm suas idades categorizadas: A Master 1, por exemplo participam ciclistas que possuem entre 30 e 34 anos. Master 2, 35 a 39 anos e assim sucessivamente. No total, são 12 categorias diferentes. No total, são 9 categorias específicas para homens e outras três para mulheres.
Janildes Fernandes tem ciclismo em seu sangue. Seu sobrenome é sinônimo do esporte em todo o mundo. Afinal de contas, também é acompanhada por suas irmãs: Clemilda e Márcia Fernandes além da prima, Uênia. Uma família que coleciona medalhas em competições nacionais e internacionais.
Por 9 anos, Janildes viveu na Europa. “Foram 2 anos na França e 7 na Itália”. Lá, participou das mais importantes competições do ciclismo mundial: Competiu por equipes de alto nível no Tour de France e chegou a vencer uma etapa do tradicional Giro d’Itália, apenas citando alguns. É dona 26 títulos brasileiros no ciclismo. Também tem três participações em Olimpíadas: Sydney em 2000, Atenas em 2004 e Londres na edição de 2012. Chegou a ser convocada para a Rio 2016, mas ficou na reserva. Foi a primeira brasileira a ser medalhista pan-americana na modalidade: bronze em Winnipeg, no Canadá em 1999 e na República Dominicana no Pan-Americano de Santo Domingo em 2001 faturou a prata. Com todo esse currículo, Janildes lamenta a falta de incentivo ao esporte em Goiás. Até porque, não é apenas ela que detém bons resultados. “São 10 ciclos olímpicos no Estado”, explica. Sua irmã Clemilda, por exemplo, foi medalhista pan-americana nos Jogos do Rio em 2007, faturando o bronze.
Inicialmente, programado para acontecer em Goiânia e tentativas frustradas de transferi-la para Aparecida de Goiânia, quem abriu mesmo as portas para receber a competição foi Senador Canedo. “Fomos muito bem recebidos lá, eles realmente acreditaram no projeto e estão dando todo o suporte com relação a estrutura. O que a gente precisa mais do que dinheiro é um bom apoio para a estrutura da competição e com relação a isso, eles superaram a expectativa”. Apesar dos elogios, não era o ideal. A logística dos atletas será afetada. “Uma parte dos atletas vai ter de ser alojada lá [em Senador Canedo], outra aqui [em Goiânia]. Isso é ruim para a organização. O ideal era todo mundo no mesmo lugar”, explica.
Seja como for, Janildes está otimista que a competição será um sucesso. “Vai ser lindo receber a população. Estamos trabalhando para dar tudo certo, tanto na organização como otimistas com os desempenho dos goianos”. Ele relembra, que na edição do ano passado, em Teresina, “mais de 10 medalhistas” foram atletas de Goiás. “Agora, em casa a expectativa é que aumentemos esse número”, conta. Os planos para o futuro são audaciosos: “Meu sonho é organizar uma etapa da classificatória olímpica para Goiás”, conclui.
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