Uma pesquisa realizada pelo Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) apontou que 63,1% das mulheres motoristas no Estado já sofreram violência no trânsito. Em alusão ao Agosto Lilás, mês de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher, a Gerência de Educação de Trânsito do Detran ouviu mil motoristas do sexo feminino e a maioria respondeu que já foi vítima de machismo quando estava ao volante.
O Detran-GO está realizando durante o mês de agosto a campanha “Mulher na direção, respeito é obrigação”. O objetivo da ação é tratar sobre a importância de combater a violência que a mulher sofre no trânsito.
O presidente do Detran-GO, Delegado Waldir, afirma que é fundamental que a sociedade esteja atenta e não se cale diante da violência contra as mulheres, seja ela em casa, no trabalho ou no trânsito. “As denúncias no enfrentamento desse grave problema não devem partir apenas da vítima, mas de qualquer pessoa que perceba atos de agressões, que podem ser físicas, psicológicas, sexuais, morais e patrimoniais”, explica.
Delegado Waldir destaca que a ação tem como propósito evitar situações de machismo no trânsito e em outros ambientes. “Em Goiás, são mais de 1,1 milhão de mulheres condutoras de carros, motos, ônibus, e elas ainda têm que enfrentar a preconceito, piadas e machismo no trânsito. Não podemos aceitar esse comportamento, e o Detran-GO reforça que o respeito, a atenção e a educação são obrigação de todos, principalmente dos homens”, alerta o presidente.
Atualmente, são 3.310.064 condutores em todo Estado de Goiás, deste número, 1.159.447 são mulheres (35%) e 2.130.419 homens (65%). Entre os meses de janeiro a junho de 2024, foram emitidas 406.513 novas CNHs (Carteira Nacional de Habilitação), sendo 156.556 (38,5%) para mulheres e 249.957 (61,5%) para homens.
Como medida contra ações de violência à mulher no trânsito, o Detran-GO vai instalar uma unidade da delegacia de trânsito com atendimento direcionado para as mulheres que se sentirem ofendidas, violentadas, abusadas ou desrespeitadas no trânsito da cidade. Atualmente, existem diversos serviços e instituições que podem prestar o atendimento e o apoio necessários para romper o ciclo da violência.