Maguito e Vanderlan participaram de apenas um debate em toda a campanha
Há exatos 50 dias, os sete candidatos que apareciam nas primeiras posições da primeira pesquisa Serpes divulgada do Jornal O Popular se encontraram no auditório da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) para o 1º Grande Debate que a entidade promoveu entre os prefeitáveis. Daqueles, Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD) chegaram ao segundo turno que terá o seu fim no próximo domingo (29/11).
Maguito Vilela e Vanderlan Cardoso que disputam uma eleição no segundo turno no mínimo atípica, estavam presentes naquela noite. Se era o primeiro debate promovido entre os prefeitos, também foi o último que ambos participaram durante todo o processo eleitoral. Doze dias depois, numa terça-feira (20/10) o ex-governador de Goiás foi diagnosticado com o novo coronavírus e de lá pra cá trava uma batalha para se recuperar e sobreviver à covid-19.
Naquele dia 20, haveria um debate promovido pela Agência Brasil Central, mas teve de ser adiado. Vanderlan já não iria ao compromisso pois tinha de cumprir agenda em Brasília com compromissos no Senado Federal onde cumpre mandato e não se licenciou. O debate na Acieg foi o único evento que Rodrigues e Vilela debateram frente-a-frente. De lá para cá, Maguito foi à São Paulo continuar o tratamento e Vanderlan, ‘por respeito ao candidato’, segundo notas de sua assessoria, não quis debater com os outros candidatos.
Mas na Acieg, ambos tiveram a oportunidade de se confrontar diretamente. Quando o debate estava no bloco de sorteio em que candidatos perguntavam diretamente para o concorrente, Maguito Vilela (MDB) foi sorteado à questionar Vanderlan. O tema era saúde. “O prefeito Iris Rezende investiu 19% em saúde durante o seu mandato. Saúde é caro. Mas o prefeito investiu mais que a constituição obriga. Não tivemos nenhum escândalo com relação a saúde em Goiânia, graças ao pulso firme do prefeito Iris Rezende. Qual o seu projeto?”, perguntou o emedebista.
“Eu sempre digo, o gestor que encarar a saúde como investimento e não como despesas. Com gestão e planejamento porque recursos há e há muitos recursos. Cada vez que você investe em qualquer programa, os recursos vem, e vindo os recursos você pode ampliar essa assistência. Essa ajuda aos munícipes, agora a base principal, candidato Maguito é o programa Saúde da Família. Que a partir do momento que investir levando 100% de cobertura as áreas que necessitam você vai diminuir a superlotação dos CAIS. Qualquer pessoa hoje as vezes tem uma dor de cabeça ela tá indo procurar o CAIS em vez de procurar a unidade da família. A meta principal nossa é investir para chegarmos ao atendimento e cobertura em 100%. Aprendi isso. Temos que fazer um esforço concentrado. As cirurgias eletivas estão paradas devido a pandemia. Filas enormes estão se formando à espera. Vamos fazer um esforço concentrado caso sejamos eleitos, para resolver o problema das cirurgias eletivas”, pontuou Vanderlan.
Vanderlan continuou dizendo que nunca precisou gastar mais que os 15% destinados à saúde em suas gestões. O motivo? Ele sabe fazer gestão. “Eu nunca investi mais para fazer uma saúde que nós fizemos acima de 15%. Não é falta de recursos. Como nunca investi mais de 25% na educação. Basta que tenha gestão, planejamento e os recursos sejam muito bem aplicados”, pontuou fazendo uma crítica indireta à gestão de saúde de Iris Rezende (MDB) que gastou 19% do orçamento da saúde durante o mandato.
Na réplica, Maguito pontuou que pretendia criar Centros de Especialidades Médicas e aumentar os Programas de Saúde da Família na cidade. “Saúde é outro problema que precisa ser resolvido no Brasil como um todo. Eu entendo, senador, que Centro de Especialidades Médicas nas várias regiões de Goiânia vai resolver grande parte dos problemas. Porque quem tem um problema na área oncológica, vai no Centro de Especialidades e vai encontrar um oncologista… Isso sim vai desafogar os problemas dos CAIS e Hospitais. E nesses Centros de Especialidades Médicas também tem as pequenas cirurgias que não precisam ser feitas em hospitais, não precisam de internações. Podem ser feitas nesses Centro de Especialidades Médicas. Precisamos ter um prontuário eletrônico. Cada cidadão ter a sua história nesse prontuário para o médico ir em cima, diagnosticar o que ele precisa fazer, dar ‘este ou aquele remédio’. O prontuário eletrônico é mais importante ainda. O PSF que você se referiu, aqui em Goiânia tem mais de 100 Programas de Saúde da Família, mas precisa ter mais. Precisamos fazer mais e a cobertura total de todos os municípios. Precisamos implantar o Hospital Municipal de Goiânia. Fizemos em Aparecida, todas as cidades tem o seu hospital municipal e Goiânia precisa também ter o seu hospital para atender os mais carentes”
Veja o trecho em que Maguito Vilela e Vanderlan Cardoso trocaram perguntas no debate da Acieg no vídeo abaixo: